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quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Há os labregos, e há os outros











E o tema da semana passada foi: Miró e as telas do BPN.
No Público de ontem li, vindas de João Fernandes, ex-director do Museu de Serralves e actual director adjunto do Museu Rainha Sofia em Madrid, as mais sensatas opiniões sobre o assunto.

Resumidamente, responde ele:

As telas formam uma colecção?
Não, porque não constituem um núcleo coeso e coerente.
São todas da mesma qualidade?
Não. E o conjunto é menos bom que algumas telas isoladamente.
Devemos vender ou guardar?
Devemos ficar com as mais representativas.
E, se assim fosse, o que fazer com elas?
Depende do que o Estado quer para cada um dos seus museus de arte moderna e contemporânea. É preciso definir uma estratégia para esta área, disse.

Ora aqui é que a porca torce o rabo, digo eu.

Estando fora, é natural que o João Fernandes não se aperceba completamente do que por cá já todos entendemos − política do governo, mesmo, a sério, só há uma: a defesa dos credores.
Depois, há umas políticas avulsas para destruir, tão rápido quanto possível, a saúde, a educação, a ciência, o valor do trabalho e a segurança social.

Quanto à cultura, não há, sequer, política; nem para as artes, nem para os museus, nem para coisíssima nenhuma.

No lugar da política cultural temos agora um bando de labregos pouco sérios que torpedeiam as leis da república e que, sobre o que lhes competia saber, na verdade nada sabem, não querem saber e têm raiva a quem sabe.
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E agora vou andando para norte, porque não quero faltar à inauguração da exposição que se anuncia na imagem ali de cima.
É que, se os artistas presentes são bons, o curador é fantástico.
Garanto eu.

quinta-feira, outubro 18, 2012

Do título em inglês para a asneira em português

Volto ao Expresso de 13 de Outubro, jornal que dá direito a quase tantos comentários como os amuos do CDS, e que, na sua Revista, tem uma “coisa” que se chama login. Entende-se –o português é língua de fracos recursos!

No último sábado, a página foi dedicada à mudança de direcção do Museu de Serralves, que passará a ser assumida por Suzanne Cotter, substituindo João Fernandes.

Neste tal login, o director cessante passou a “chamar-se” João Gonçalves, e por duas vezes.

Não parece gralha, pois não?

João Fernandes está em Serralves desde 1996 e foi seu director nos últimos oito anos. Fez um trabalho tão notável que saiu para sub-director do Museu Rainha Sofia em Madrid, e, pasme-se, até foi condecorado pelo Governo francês como Cavaleiro das Artes e das Letras.

É portuguesinho de gema, com trabalho reconhecido “lá fora”, mas o jornalista do Expresso não lhe sabe o nome, e o editor também não, e o revisor também não e, se calhar, o director também não.

Analfabetismo cultural será, mas é sobretudo preguiça, muita preguiça.
Está tudo na internet, senhores jornalistas.

E, já agora, deixo ali em cima a fotografia de João Fernandes, para que o jornalista do Expresso, quando o vir em Espanha, o possa identificar correctamente, e não lhe venha a chamar Juan Fernandez, ou Gonçalvez, ou coisa que o valha.