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sexta-feira, agosto 24, 2012

Franny e Zooey

Ao contrário de ilustres intelectuais americanos (Norman Mailer, George Steiner, Joan Didion, entre outros), eu gosto dos livros de J.D. Salinger.

Devo pertencer ao tal grupo dos leitores amadores no mundo – alguém que simplesmente leia por ler.

J.D. Salinger não escreveu muito, mas foi amado por milhões de leitores em todo o mundo e criticado pelos seus pares, acusado de ter uma escrita “menor”, de nada exigir aos seus leitores, de superficialidade, de ser zen, de querer ensinar como se deve viver, etc.

Ora, eu já estou velha para que me ensinem a viver, e por isso sou fácil de contentar com ritmo e diálogos brilhantes, humor e esperança que, no fim, persiste.

Era nova quando li e me encantei com “Uma agulha no palheiro”, actualmente chamado “À espera no centeio”; sou agora muito menos nova e voltei a encantar-me com “Franny e Zooey”.

O livro está dividido em duas partes e nele, devido à crise existencial que Franny atravessa, Salinger constrói, nos diálogos com o seu irmão Zooey, uma narrativa sedutora sobre religião, sabedoria, procura de si e da felicidade.

À luz dos grandes crânios americanos, de que também gosto, serei fraquinha de espírito e parca de exigência mas, paciência, gostei muito e recomendo.
 
Franny e Zooey
J.D. Salinger
Ed. Quetzal, 2011