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sexta-feira, março 30, 2012

Não, eu não vi a entrevista do PM

A razão por que não vi a entrevista é simples - não era o meu dia de usar cilício.

Mas li as notícias, e fiquei a saber coisas e a pensar nelas.

1 - No final da década, 24 milhões de chineses não encontrarão mulher para acasalar. Bem feito, não as matem à nascença.

2 - Portugal já está a arder (333 fogos na 4ª feira) e parece que, para tristeza do governo, a culpa não é da greve geral nem dos manifestantes.
Assim fica mais difícil, porque polícias eles têm, bombeiros é que não.

3 - O Papa esteve meia hora com Fidel Castro. De que terão falado? De doenças, como todos os velhos, acho eu; das artroses, da próstata e assim…

São bichos espertos. Este artigo devia ser de leitura obrigatória para os nossos governantes. Nunca se sabe o que pode acontecer com os primatas que habitam a ponta ocidental da Europa, mesmo sendo menos inteligentes que os macacos capuchinhos.


sexta-feira, junho 03, 2011

TAP

Desde que me conheço que me defino como uma pessoa de esquerda. Apesar de a esquerda ter perdido a bússola em 1989 e de ainda andar à procura do caminho, há alguns valores que considero inequivocamente como de esquerda – a defesa de quem trabalha e a garantia dos seus direitos, a defesa dos mais pobres, a justa distribuição da riqueza criada, a igualdade de oportunidades no ensino, na saúde e na justiça, para só referir alguns.
Considero o direito à greve como um direito inalienável e, apesar dos incómodos geralmente causados a quem não o merece, também acho que, se não causar incómodo, não serve para nada. Dentro, ainda, do pensamento de esquerda, acho que algumas empresas e setores, ainda que deficitários, não devem ser privatizados porque prestam um serviço público que cabe ao Estado assegurar. É para isso que pagamos impostos.
Tudo isto muda, para mim, quando se trata da TAP, empresa de que muito me orgulhei durante muitos anos. De há um tempo para cá, os sindicatos da empresa parecem ter entrado numa roda livre de pensamento alienado da realidade que vivemos.
Todos nós, durante anos, metemos muitos milhões dos nossos impostos na empresa para que ela sobrevivesse; conseguimo-lo, ao mesmo tempo que se conseguiu assegurar condições de trabalho e salário dignas e bastante acima da média nacional. Agora, confesso, estou farta.
A próxima greve anunciada vai estender-se por dez dias e causar um prejuízo de 50 milhões de euros (5 milhões por dia), vai afetar a vida de 350 000 passageiros e tudo isto porquê? Porque em cada voo vai ser retirado um tripulante de cabine.
No momento em que mais de 12% dos portugueses estão desempregados, muitíssimos trabalham sem receber, muitíssimos fazem horas extraordinárias à borla, quando todos sabemos que a “coisa tá preta” e que a vida vai ser cada vez mais difícil, o pessoal de voo da TAP entende que não pode prescindir dum tripulante por voo para fazer aquele extenuante trabalho de nos servir uma comidinha de plástico e ficar a ver se o velhote consegue meter a mala na bagageira para depois apenas verificar se está bem fechada.
Meus senhores, estou farta das vossas birras e caprichos.
Senhores do próximo governo, por favor privatizem a TAP o mais depressa possível.
Ele que façam greve com novo patrão que os ajudará a descer à terra. Por mim, não quero mais ser dona dessa empresa.