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sexta-feira, maio 24, 2013

A dona da greve

Ontem vi na televisão Ana Avoila, de CGTP, a dizer que marca a greve da função pública quando quiser e não tem que dar contas a ninguém, naquele jeito um bocado labrego que lhe é peculiar.

Quando ela desapareceu do ecrã fiquei a pensar que já não me basta indignar-me diariamente com o governo, com a oposição, com o Presidente da República, com a Justiça, com os bancos, com a Europa etc., ainda tenho de passar a indignar-me também com os sindicalistas. Malapata.

As Avoilas que povoam os nossos sindicatos são, mais ou menos, como os jotinhas, isto é, fazem toda a sua vida dentro da organização que os sustenta, vão ganhando poder, e quando já ocupam lugares com poder de decisão também não se atrapalham - decidem de acordo com o parecer do seu umbigo, indiferentes a uma realidade que desconhecem porque não a frequentam.

Ana Avoila é apenas mais uma que parece não entender nada do sentimento dos portugueses que ainda têm trabalho, e que querem uma greve tão grande quanto possível, para que tenha significado, peso político, e para que valha a pena o sacrifício que fazem e o que impõem.

Ana Avoila quer apenas a sua grevezinha, por si decidida e manobrada.
Ana Avoila é poucochinha.
Ana Avoila, a sindicalista, está tão impreparada para o tempo que vivemos como o governo.
Ana Avoila está há demasiados anos sem trabalhar.
Está só no sindicato.