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sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Sem ofensa para a sua mãezinha

Em menos de dois anos, deixei muito claro neste blogue (aqui, aqui, aqui, aqui, aqui) a minha alergia, quer à personalidade, quer à actuação pública de Francisco José Viegas.

Não vou repetir argumentos, mas o muito comentado post do seu blogue A Origem das Espécies, só vem reforçar a minha convicção de que este “artista” pertence a uma espécie pouco evoluída que gosta de morder a mão do dono.

Escreve o Viegas, dirigindo-se ao seu ex-colega Secretário de Estado Paulo Núncio que, se algum fiscal lhe pedir que mostre a factura, (e passo a citar), “das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência.”

De alguém com um mínimo de carácter, espera-se decoro e recato face às decisões de um governo de onde se acabou de sair, e, nesses casos, o silêncio é sempre elegante.

Ora, FJV mostra que não sabe o que é decoro, nem elegância, nem recato.

Ao pronunciar-se num vernáculo populista e engraçadinho faz-me temer que as suas incursões na (baixa) política ainda não tenham terminado, e, ao mesmo tempo, reforça a minha ideia de que a política portuguesa está cada vez mais cheia de oportunistas e filhos da puta − sem ofensa para a sua mãezinha, claro está, Francisco José Viegas.

 

 

segunda-feira, janeiro 07, 2013

Mau feitio, graças a Deus

É o meu.
Já aqui e aqui demonstrei a minha embirração com o Francisco José Viegas e não tinha intenção de bater mais neste ceguinho, mas ontem lembrei-me de ter lido que, depois da sua fulgurante passagem pelo governo, o amigo de Joana Vasconcelos reabriu o seu blogue A Origem das Espécies

Fui ver. Li vários posts e até teria alguma coisinha para dizer mas, naquela "rua”, nunca ninguém pode comentar nada – só partilhar ou pôr nos favoritos.
E embirrei com aquilo.

A mim ensinaram-se que só se partilha o que é bom, e continuo a respeitar esse conspícuo ensinamento.
Nos favoritos guardo coisas úteis, como o Google Maps, o horário dos comboios ou as farmácias de serviço.
Logo, não sabia o que fazer.
Pronto, já disse.

Imagem daqui

quinta-feira, outubro 04, 2012

Desaparecido (s)em combate

Não, não ando à procura do Portas, que eu bem o vi lá na AR, caladinho, é certo, mas presente. Procuro o Viegas, esse carismático escritor e editor que aceitou ser Secretário de Estado da Cultura.

Anda desaparecido. Deve entrar e sair de parapente – ninguém o vê, ninguém o procura, e, provavelmente, já ninguém se lembra que ele existe, excepto eu.

A verdade é que a criatura existe, foi convidada para a governação (ih! ih!), encheu o peito (já de si um pouco cheio), e até repetiu aquela coisa linda de “fazer mais com menos”. Não é a primeira vez que aqui escrevo sobre o Viegas mas quero recordar que, no seu blogue, e antes das eleições, escreveu um texto de incitamento e apoio implícitos a Passos, que terminava com uma citação/recomendação assim:

 
Quando ofereceram o poder ao Mestre de Avis, explicaram-lhe: prometa o que não pode, ofereça o que não tem e perdoe a quem não o ofendeu. Aprendam. Aprendamos.

 
A coisa prometia, mas foi fogo de palha. É que nem mesmo agora, com aquela trapalhada das fundações, o ouvi lamentar o “inevitável” corte em Serralves, Casa da Música, Museu Paula Rego, Culturgest, Museu Vieira da Silva etc., enfim, aquelas casas que ainda se esforçam por não deixar que este retângulo se transforme num enorme deserto cultural.

Nada. Sumiu. Escafedeu-se.

Temo, por isso, que depois de ter escrito um policial que dava pelo nome de “Morte no Estádio”, possa estar agora a escrever, nas suas muitas horas vagas, a sequela − “Morte no Palácio da Ajuda”.

quarta-feira, março 28, 2012

Viegas em cima do muro

Há políticos com sorte. Talvez por terem boas relações nas redações dos jornais, têm sempre aquilo que se chama “boa imprensa”.
É o caso de Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura.

Desta vez, o Expresso foi entrevistá-lo e devem ter combinado qualquer coisa do género – O senhor Secretário põe-se em cima do muro e a gente não o empurra.

Assim foi; os jornalistas não empurraram e, diga-se em abono da verdade, Viegas também não caiu sozinho. Daí resultou uma entrevista frouxa e desinteressante, que não enche nem vaza. Apenas um assunto me despertou o sorriso e o temor em simultâneo.

Sob o signo das várias Rotas turísticas abordadas, Viegas parece ter particular carinho pela Rota das Judiarias, que vai desenvolver, com o “coração” em Belmonte.
Sabendo que o Secretário de Estado se converteu ao judaísmo, não estranho o seu entusiasmo.

Mas, no final de entrevista, ele afirma:
“A SEC vai colaborar com o Ministério da Economia nos investimentos que já estão previstos. Falo da construção de um hotel desenhado por Frank Gehry (arquiteto de origem judaica), que já está aprovado e espera-se a resposta dele para desenhar a primeira sinagoga da sua vida. Se for assim, imagine-se o que isso significará.”

Eu fico logo a imaginar charters de judeus para Belmonte, sorrio à fixação do PSD em Frank Gehry, mas tremo só de pensar quem lhe pagará a sinagoga e o hotel.

Nota: imagem retirado do Expresso de 24 Março 2012

segunda-feira, agosto 01, 2011

Ponham os olhos no Viola e metam a viola no saco

Deu-me a curiosidade para ir espreitar aqui as nomeações do governo para a Secretaria de Estado da Cultura.
Ao todo são 10 nomeações, menos que para a Caixa Geral de Depósitos, o que se percebe – cultura é cultura, Dinheiro é Dinheiro e não há cá comparações possíveis.
Foram nomeados:
3 Secretárias
2 Especialistas jurídicas
4 Colaborador/Especialista
1 Motorista
Tudo mais ou menos normal, se não se desse o caso de um colaborador/especialista ganhar 474,12€ e os outros três ganharem todos um pouco mais de 3000€.
Será especialista de quê, para ganhar tão mal, coitado? Se calhar do sabonete a usar nos WC.
Em compensação temos um motorista que deve ter abandonado a Fórmula 1 para conduzir o Viegas; é que o rapaz, de 21 anos, vai ganhar, como ordenado-base obviamente, 1866,73€.
Chama-se André Viola e é um exemplo para toda essa juventude que para aí anda a dizer que está à rasca. Vá, meninos, ponham os olhos no Viola que certamente foi à luta, não se acomodou, foi criativo e empreendedor, e por isso teve o justo prémio.
Ah, houvesse muitos Violas neste país e nem teríamos cá troikas nem coisas dessas com nomes esquisitos.

segunda-feira, maio 02, 2011

Afiando as facas

Francisco José Viegas gosta de se apresentar como autor e editor. Seja!
Editores há muitos e autores ainda mais, além de que não pretendo aqui discutir o mérito ou demérito da sua actividade editorial e autoral.
Tornou-se conhecido sobretudo pela via televisiva e, sem desprimor, tem sabido tratar da sua vida.
Tem também um blogue muito visitado A Origem das Espécies, e foi agora convidado por Passos Coelho para cabeça de lista por Bragança.
No dia 16 de Abril colocou no blogue um post magnífico em que justifica a sua decisão de aceitar o convite do PSD (será que alguém lhe pediu que se justificasse?), com o título Os dias que correm.  Aí se pode ler todo um programa de governação e de (boas) intenções, que também se pode resumir na frase que escreveu sobre a necessidade de “procurar novos caminhos para a nossa vida”.
É um texto bonito que qualquer cidadão medianamente sensato poderia subscrever nos “dias que correm”
No dia 27 de Abril, coloca outro post com o título Os dogmas e a Santíssima Trindade
Desta vez começa por nos remeter para outro post de outro blogue - Dogmas para o próximo líder do PSD que é assim a modos que uma receita contra a democracia, e um conjunto de conselhos para que Passos se comporte como um ditador de opereta de século XXI. No essencial a mensagem recomenda – não dialogue, não fale à imprensa (nem aos portugueses, certamente, a menos que voltemos às conversas em família do Caetano, digo eu), despreze, despreze muito e finalmente “A espada será a sua arma. Prometa-nos a espada e venha depressa. “
Então e não é que o Francisco José Viegas fica encantado com aquilo? Diz que é oportuno e de grande utilidade, que a política é uma coisa feia e que não serve para dar alegria aos portugueses.
Termina escrevendo, e cito:
Quando ofereceram o poder ao Mestre de Avis, explicaram-lhe: prometa o que não pode, ofereça o que não tem e perdoe a quem não o ofendeu. Aprendam. Aprendamos.
Fiquei apalermada, o que não é nada de novo, mas é que eu que até já tinha lamentado não morar em Bragança para botar o voto no homem que escreveu aquela primeira lindeza, e, afinal, ele vem-me dizer que tem que aprender a enganar o povo e a exercitar o ódio e a espada.
Parece que FJV, para político de primeira vez, está até muito adiantado nos estudos e vai aprender depressa.
Foi preciso vir o Passos para tirar o génio da lâmpada. Ele há coisas...