Mostrar mensagens com a etiqueta Finlândia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Finlândia. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, abril 30, 2014

Eu tive um sonho



 
Já o tive de outras vezes e agora voltou, certamente pelo que vou ouvindo nas notícias − eu queria ver os finlandeses na merda.

Lá, teriam que repetir indefinidamente: a Europa é um projecto solidário!

Como julgo que iriam perguntar “o que quer dizer solidário?”, exigiria que dissessem muitas e muitas vezes até aprenderem o significado:

Que tem interesses e responsabilidades mútuas.

Era só isso. Um sonho simples, como se vê.

segunda-feira, abril 18, 2011

Finlândia

Afinal, apesar de ter defendido há dias que os finlandeses não eram melhores nem piores que nós, tenho que concordar que eles estão mais à frente. Conseguiram dar quase 20% dos votos a um partido nacionalista e xenófobo. Como esse parece ser o caminho da Europa, e nós não estamos nem sequer próximos de tal façanha, é obvio que eles vão à nossa frente e estão mais integrados.
Por isso repito - por favor, não nos comparem com o finlandeses.
Estou farta, agora mais que nunca.

quinta-feira, abril 14, 2011

Coisas de que estou farta_2

Há mais coisas de que estou completamente farta. Por exemplo, que nos estejam sempre a comparar com os outros.
Isto parece mais um concurso de misses, com 27 meninas, em que sempre apontam para Portugal e dizem: tu és a mais feia e gorda, se calhar estás grávida de Estado
Primeiro, endireitaram as costas, puseram o dedo em riste e disseram: ponham os olhos na Irlanda|
Nós pusemos, mas pensámos que lá chove muito, cá faz muito sol, à noite logo se vê, e deixámos andar.
Afinal a Irlanda também não levou a coroa (farta da coroa ficou ela há muitos anos) e ainda foi desclassificada primeiro que nós.
Agora a favorita é a Finlândia. Freitas do Amaral até escreve no Expresso de sábado passado um artigo com o belo título “Finlândia, País Modelo”.
Sabemos que povos diferentes fazem países diferentes e comparar portugueses e finlândeses é conversa que nem vale a pena começar. Tudo nos separa – a geografia, a história, o clima, o estilo de vida, a religião.
Em pleno solstício de verão, quando praticamente não há noite total na Finlândia, por lá almoça-se ao meio dia e janta-se às seis da tarde.; a bem dizer só comem salmão; têm como “desporto” nacional a sauna onde aquecem até deitarem fumo, chicoteiam-se com um ramo de árvore, e depois atiram-se ao lago; são muito trabalhadores e civilizados mas não entendem o que seja uma festa e são incapazes de tocar numa cerveja que não tenham comprado. Têm o que precisam e deviam ser felizes mas, aos fins de semana as âmbulâncias patrulham incessantemente, e durante toda a noite, as ruas de Helsínquia a apanhar os bêbados comatosos caídos pelos passeios.
A gente cá também bebe uns copos mas... vamos bebendo, gostamos de bife, praia, festa rija se possível toda paga (cerveja incluída) por outos.
Quanto à economia a nossa é muito fraquita mas a deles assenta muito na Nokia, e agora que a Microsoft a convidou para dançar, vamo-nos sentar um bocadinho para ver o que acontece.
Somos piores? Não, somos só diferentes. Porém, desconfio que, a juntar às inúmeras diferenças entre nós e os finlandeses, que, na genaralidade não fazem deles gente melhor nem mais capaz do que nós, há, isso sim, uma diferença fundamental entre o país Finlândia e o país Portugal – a qualidade, seriedade e visão dos respectivos políticos.
Não quero pôr os olhos na doce Finlândia, não me quero comparar com ela nem com ninguém.
Tirem-me deste filme. ESTOU FARTA DE SER COMPARADA!