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quarta-feira, maio 02, 2012

Traída pelo defunto

Num exercício de puro mau gosto, Fernanda Câncio publicou no blogue jugular, o relato, análise e incómodos da sua ida ao velório de Miguel Portas.

Começa pelo sacrifício de estar meia hora à chuva e seguem-se as contrariedades.

Ao cumprimentar a família, que era o que queria fazer, teve também que cumprimentar “o comité” do Bloco.
Horrível! Homenagem ao Bloco! Dixit
Misturas destas não lhe cabem na cabeça, e, por isso, termina dizendo:

a mistura do pessoal e do político existia no miguel, claro. como, de algum modo, em todos nós. mas isto, não posso deixar de o dizer, caiu-me muito mal.

Ora que pena. Talvez um Guronsan ajudasse.
Resumindo, o morto fez-lhe uma afronta, já que sabemos que tudo foi pensado pelo Miguel.
E que não tivesse sido? Se a heterodoxa família Portas ali esteve com os dirigentes do Bloco foi porque entendeu que assim devia ser, com razões que são suas e não são da nossa conta.

Ir a um velório é um acto público – só vamos se queremos, só cumprimentamos quem queremos, e é de bom-tom não criticar em público as opções e disposições tomada, para o momento, pelos protagonistas.

Um pouco de humildade, de respeito e de aceitação da diferença, não fariam mal a Fernanda Câncio.
Se tais “dotes” tivesse, poderia ter encontrado ali apenas a Helena, o Nuno, o Paulo, a Catarina, o Francisco, o Luís, o João e, com todos eles, ter sentido a fragilidade e pequenez que todo o ser humano sente quando a morte vem buscar alguém que amamos.
Mas não, ela só viu o Bloco - ódio de estimação.

Fernanda Câncio devia experimentar tomar a família Portas como referência de tolerância e união, mas também de fractura com as normas convencionadas duma burguesia urbana mas parola.
E devia fazê-lo não só para os velórios, mas para a VIDA.