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segunda-feira, junho 25, 2012

Cristiano Ronaldo

Esta é uma velha embirração, caturrice, talvez, mas sempre achei que a Cristiano Ronaldo falta quase tudo, excepto habilidade nos pés.

Para desespero das massas apreciadoras do futebol, dos que acham que ele é o melhor jogador do mundo para além de qualquer dúvida razoável, e também dos simples portugueses que se sentam a ver um jogo da selecção do seu país, o Ronaldo parecia estar em divórcio litigioso com a baliza.

Não faltaram explicações de alto gabarito psicológico para tanto falhanço, se calhar todas boas, mas o facto é que o homem não marcava golos.

Na noite do jogo com a República Checa vi, num canal de notícias e já um pouco para o fim da noite, imagens em câmara lentíssima de todas as expressões faciais do jogador nos segundos após o golo que marcou.

O grito libertador, a comoção, quase as lágrimas, a alegria pura de menino, o orgulho, o expurgar dum feitiço mau, o alívio do fim da dor, sofrimento e frustração de muitos dias, a realização pessoal do homem, o esforço, o gosto por satisfazer também os outros, tudo passou, em breves instantes, na cara daquele rapaz.

Por breves instantes também, senti empatia, e lamentei que por perto nunca tenha tido ninguém que soubesse puxar pelo que terá de melhor, excluindo os pés, claro.