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sexta-feira, abril 12, 2013

Fartinha da excepção


Estou fartinha do “estado de excepção”.

Pensava eu que um estado desses tinha o nome com ele e seria excepcional, mas, no fim de contas, parece que pode ser uma moenga que serve para tudo e não tem prazo.

Há dois anos que me dizem que estamos “num estado de excepção”, mas todos os dias continuo a ouvir o mesmo dito com vozes e maneirismos de quem me está a avisar que vou cair no buraco se.

Outro dia até ouvi o José Gomes Ferreira da Sic, que, valha-nos a santa, também “tem dias”, afirmar que estamos num estado de excepção tão perigoso como aquele em que estávamos nas vésperas de pedir ajuda externa.

Ora bolas! Então de quem será a culpa? Ainda será nossa?

Mandaram-nos empobrecer, empobrecemos.
Mandaram-nos emigrar, emigrámos.
Mandaram-nos pagar mais impostos, pagámos.
Obedecemos sempre porque somos brandos e cordatos.
Então, por que estamos ainda num estado de excepção?

A resposta, todos a sabemos, mas lá que estes gajos, que saíram não se sabe de que esgoto, têm uma grande lata, lá isso têm.

Era tão bom que nós conseguíssemos inventar um estado de excepção novinho em folha, com p e tudo, em que os enfiássemos todos…
É que estão mesmo a pedi-lo – um estado de excepção.