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quinta-feira, maio 10, 2012

À espera

Na Pluma Caprichosa do Expresso de 5 de Maio, Clara Ferreira Alves presta homenagem, recordando, ao seu amigo Miguel Portas.

“Trinta mil vezes” ele a deixou plantada durante horas, à espera, quando marcavam um encontro.

Há pessoas assim, incapazes de chegar à hora combinada seja em que situação for. Outras, pelo contrário, são incapazes de chegar atrasadas, e só ficam de bem consigo se chegarem um pouco antes, mesmo sabendo que as espera uma espera que às vezes as desespera.

Há na minha vida uma criatura muito querida e muito próxima que pertence à categoria dos atrasados e eu pertenço à categoria dos pontuais. Nem sempre a vida foi fácil com esta nossa “pequena” diferença.

Era normal ver os amigos que iam chegando e acabavam por formar um ruidoso grupo à porta, e à espera.

Um dia, um estrangeiro (um pragmático alemão) presenciou a cena e, perante o meu desconforto, disse-me: se eles esperam é porque acham que vale a pena.
Assim é. Na vida, não esperamos por todos, esperamos por quem (nos) vale a pena.