Quando eu era bem menina, havia na minha terra um grande café chamado Café Portugal. Parava por lá um sujeito, todo o dia e toda a noite sentado na mesma mesa, por quem o meu pai nutria uma óbvia antipatia. Um dia, mais crescidota, perguntei-lhe porque não gostava daquele senhor. Explicou-me que era um agiota, e explicou o que isso era, ou seja, que era um senhor que vivia de emprestar dinheiro a quem tinha dificuldades com juros usurários (também explicou o que isso era).
Ontem, quando percebi que taxa de juro vamos ter de pagar à Europa pelo EMPRÉSTIMO que nos faz, percebi que também ela veio para se sentar à mesa do café Portugal.