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quarta-feira, outubro 02, 2013

Não foi a obra que me encantou, foi a informação


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Três dias depois das eleições autárquicas já toda a gente debitou opinião e fez contas.

Eu só venho aqui hoje dar os parabéns ao António Costa pela sua victória com números que já nem se usam.

Mas ele merece, trabalhou que nem um danado nesta campanha.

Suponho que se terá lembrado do que aconteceu ao João Soares há não sei quantos anos, quando prescindiu de fazer campanha porque “já tinha ganho”, e, afinal, não tinha.

Costa é criatura que aprende depressa e bem, e eu imagino que os homens do presidente bateram ruas, ruelas, praças e pracinha para ver o que podiam fazer para animar os munícipes.

Também fui agraciada com um pouco do bodo, mas o que mais gostei, afinal, foi duma informação.

No inverno 2012/2013, chuvoso como poucos, um troço duma rua perto de mim abateu.

Puseram-se umas grades e umas fitas e assim ficámos durante o resto do Inverno, a Primavera e todo o Verão, até agora ao Outono, uma semana antes das eleições. Estão a pensar que o buraco foi arranjado? Nada disso. Nas grades foi colocada a informação: Recuperação de Via a Cargo do Metropolitano de Lisboa.

Pronto, aí todos percebemos que a Câmara não tem nada que ver com aquela desgraceira, embora eu, como outros certamente, a tenha andado a culpar injustamente durante meses.

A culpa toda, todinha, afinal é do Metro.

Da informação, eu gostei, mas a grande chatice é que o Metropolitano de Lisboa não vai a votos. E já chove.

sexta-feira, setembro 27, 2013

Vamos a votos
















 
 
O meu post de ontem, em que lamentava a “machesa” duma comissão de honra para as autárquicas, não era contra ninguém nem a favor de alguém. Era apenas uma constatação de quão pouco a política partidária mudou em Portugal em 40 anos.

Digo-o sem medo de errar. Também eu já fui berloque há muitos, muitos anos.

Quanto ao post anterior (Nem lá vou) apesar do tom ligeiro, exprime o que realmente penso. Quem não sabe o que quer, quem não tem ideia do que será melhor para si e para a sua comunidade, quem assume com gosto e até com ares de superioridade que não percebe nada de política (mas acrescenta logo de seguida que” são todos iguais”) não deve, no meu entender, votar.

O direito de voto, tão duramente conquistado, é demasiado exigente, e por isso não se coaduna com a postura blasé que tantos portugueses exibem, e acham verdadeiramente cool, quando se fala de política.

Se não sabe nem quer saber, então não vá, não estrague. Deixe isso para quem tem convicções (de direita ou esquerda, tanto faz) e quer, de facto, decidir sobre o futuro, convicto de que está a fazer a melhor escolha (às vezes apenas a menos má).

Voto em Évora, onde a mudança me parece inadiável, e domingo lá vou. Vou, vamos de novo a votos. Para mim, é sempre dia de festa.
À noite, bem…”à noite logo se vê”, como diria o Mário Zambujal.

 
Nota: A imagem lá de cima é uma homenagem ao último a entrar nesta campanha. Quanto ao que ele diz, não posso estar mais de acordo.

quinta-feira, setembro 26, 2013

Mulher berloque


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

O que estás aí a fazer Fernanda Lapa?
Estarás a fazer o papel do berloque que dá uma nota de garridice à toilette demasiado macha e cinzenta?

Esse é um “papel” já muito visto – o de berloque − que a Actriz não devia aceitar representar e contra o qual a Mulher se devia insurgir.
Acho eu.

Uma comissão de honra paritária é coisa que nem lhes ocorre.
E era tão fácil.
Canseira! Esta, a de ver sempre a mesma “peça”.

segunda-feira, setembro 23, 2013

Sabeis quem é este jeitoso?














 
Eu não sabia, mas agora já sei.

Conto: estava eu ontem  posta em sossego, e cogitando sobre qual seria a cor do casaco da Merkel na hora da victória, quando pensei:

- Com mil diabos, será que a CDU portuguesa não concorre às autárquicas em Lisboa? Não tenho notícias de tal candidatura.

Inquieta com tamanho vazio, atirei-me à internet em busca exaustiva.

Pois que sim! Concorre, claro, e este é o seu candidato − João Ferreira, de sua graça, 34 anos, eurodeputado.

Respirei de alívio, mas outra dúvida se me instalou: por que andarão a esconder um rapaz assim tão bem-apessoado?

Se estão com medo que as mulheres o vejam, gostem, e votem nele, deveriam, então, ter escolhido ... o Mário Nogueira.

quinta-feira, setembro 19, 2013

Nem lá vou












Com a aproximação das eleições, quaisquer eleições, ouve-se cada vez mais a frase: “nem lá vou”, frequentemente seguida de “são todos iguais”.

Mais ou menos com a mesma filosofia de base, há sempre algumas freguesias que resolvem boicotar as eleições esperando assim alcançar objectivos que vêm reivindicando.

São acções e afirmações que mostram o quanto essas pessoas pensam que ir votar é um favor que fazem aos políticos, e que só lho fazem se lhes apetecer ou se eles o merecerem.

Esta pesporrência, este entendimento enviesado do acto eleitoral ao fim de 40 anos a exercê-lo, tem tanto de triste como de eloquente sobre o estado em que ainda estamos.

A estes bravos eu só peço uma coisa: façam o que prometem, e não vão votar, por favor, nem agora nem nunca.

Fiquem em casa, vão à bola, à pesca, ao jardim zoológico ou mesmo ao outro sítio (que a gente não pode estar aqui a enumerar tudo), mas não vão votar. É que eu, como tantos outros, que me esforcei por aprender a” ler” a democracia estou fartinha de pagar, com língua de palmo, as vossas asneiras de analfabetos políticos que só sabem assinar de cruz.

Mas esta cruz, por favor, não! Deixem que eu faço.
Sim, porque eu vou. Lá.

segunda-feira, agosto 05, 2013

Um Putin alentejano e fofinho

Um amigo do Facebook “levantou-me esta lebre” que, de tão inacreditável, me levou à necessidade de ver para crer.

E que vi eu? Isto:
Rondão Almeida é presidente da Câmara de Elvas, pelo PS, desde 1994.
Praticamente, toda a obra feita naquela terra e no concelho leva o seu nome.

Na impossibilidade de se candidatar este ano, escolhe para o substituir o seu vice-presidente, entra ele próprio na lista em 3º lugar e ainda encabeça a lista para a Assembleia Municipal.

Tudo legal, pelos vistos, tudo muito fixe e tudo com o apoio do PS.

Nem sei por que raio me fui lembrar de Putin e Medvedev mais a sua dança de cadeiras lá na longínqua Rússia – ora agora presides tu, ora agora presido eu.

Pensamentos estapafúrdios, os meus. E tão ruins. E imperdoáveis.
Ah, se não fosse o PS a moralizar estas candidaturas autárquicas nem sei que seria de nós.