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quinta-feira, março 15, 2012

Conheço um país II

Conheço um país, o nosso, em que o governo paga “rendas excessivas” às empresas de energia no valor de 4 mil milhões de euros. Foi dito pela troika que, para suportar os custos da eletricidade, havia que taxar as empresas produtoras e distribuidoras e não apenas os consumidores domésticos e as empresas. Que faz o governo? Despede o governante que acha que rendas de 4 mil milhões são excessivas assim nos mostrando, mais uma vez que a defesa e proteção dos grandes grupos económicos é para manter “custe o que (nos) custar”.

Nesse mesmo país, nos dias que correm, não se pode apresentar queixa em algumas esquadras da polícia porque não há como registá-las, visto que não há dinheiro para os tinteiros das impressoras. Nem para pequenos arranjos de centenas de viaturas. Nem para lhes mudar o óleo.

Acabou a tinta, sim, mas há cada vez mais “lata” para fazer tudo ao contrário do que se prometeu.

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Cupidez alemã

Na nossa imparável marcha para vendermos os dedos depois dos anéis, a EDP lá foi vendida aos chineses. O governo disse que ia privatizar, mas apenas mentiu mais uma vez; aquilo foi apenas a venda dum Estado a outro Estado.

Não lamento a venda à China, apenas lamento a própria venda.

Todos temos alguma desconfiança em relação à China, e eu não sou exceção. Sabemos que é um gigante, que crescerá cada vez mais, que em breve será o país mais poderoso do mundo, mas também sabemos que é uma ditadura de partido único, dito comunista, onde vigora o mais puro dos capitalismos selvagens. Tudo, portanto, um pouco estranho e muito, muito assustador.

Porém, fiquei contente por a venda não se ter feito à alemã E.ON.
As políticas punitivas e de miséria que a Alemanha nos impõe, mais os juros usurários que nos cobra, devem ter levado os alemães a pensar que aos miseráveis, aos famintos e aos sem esperança se compra tudo por bom preço e que, chegando a hora, eles abocanhariam a EDP por tuta e meia.

O chairman da E.ON, de seu nome Teyssen, chegou a dizer que “a criação de valor do investimento na EDP não justificava um aumento da oferta”.
Pois! Estão verdes… E eles só nos queriam fazer um favor.

Fico desconfortável com os chineses na EDP?
Fico.
E se fossem os alemães?
Bom, se fossem os alemães também.
A verdade é que, hoje em dia, confio tanto num membro da União a que pertencemos como num chinês.