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sexta-feira, outubro 31, 2014

Feminista, eu?




 
- A revista do Expresso de sábado passado trazia um artigo sobre a prática de excisão clitoriana, em meninas recém-nascidas, na Guiné-Bissau.
Como será viver uma vida inteira tendo sofrido excisão clitoriana?

 
- Em Portugal, este ano, aproximamo-nos das 30 mulheres mortas pelos maridos.
Como será viver no medo de ser agredida ou morta pelo homem com quem planeámos partilhar a vida?

 
- Tendo lido recentemente “O Livreiro de Cabul” é frequente lembrar-me de Leila, a jovem mulher que pensou em ser professora mas que, durante muito tempo, não se pôde candidatar porque não conseguia encontrar quem se dispusesse a acompanhá-la até ao ministério. Sozinha, segundo a lei islâmica no Afeganistão, não poderia caminhar pelas ruas da cidade.
Como será sentirmo-nos uma “coisa”?

 
- Há no Facebook uma página denominada My Stealthy Freedom que vou seguindo. Nela, mulheres iranianas denunciam a sua falta de liberdade, o medo de serem atacadas com ácido, por exemplo, e colocam também as suas fotos, sem lenço ou hijab, em furtivos momentos de liberdade carregados de contestação.
 
Como será viver com medo de ser atacada com ácido?
Como será nunca sentir o sol no corpo, a água do mar nos pés, o vento nos cabelos?

Parece que ser feminista está fora de moda, não é?
Então, pronto, não se fala mais nisso!