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sexta-feira, maio 18, 2012

A produtividade explicada às crianças nem-nem

Hoje, por conta das coisas que me aconteceram, e influenciada pelos recentes sucessos editoriais, apeteceu-me escrever, não um livro, mas umas palavrinhas sob o título “A produtividade explicada às crianças nem-nem, ou seja, nem de direita nem de esquerda”
Amiguinhos, isto por aqui funciona mais ou menos assim:

Se mandarmos fazer uma chave, é muito raro que ela rode na fechadura; geralmente temos que voltar à loja para dar “uma afinadela”,

Se chamarmos um operário ou técnico a casa, não falha que nos peça qualquer coisa; pode ser o martelo, o escadote ou a chave inglesa, e se não tivermos ele vai buscar e só volta quando deus quiser.

Quando chega a altura do IRS há um monte de telefonemas que é preciso fazer porque ninguém enviou os papéis que a lei diz que tem que enviar. Quando vamos buscar qualquer coisa no dia aprazado é muito raro que esteja pronta. Venha amanhã, pode ser?

Quando vamos a uma repartição pública, nunca vamos só uma vez porque falta sempre qualquer documento ou oficiozinho.

Se pretendermos contactar fulano ou sicrano ele está sempre em reunião; isso exige vários telefonemas mas alguma vez ele há-de atender.

Se se precisar preencher um formulário na internet, o servidor está sempre demasiado ocupado.

Daí, quando perguntamos a alguém “como está?” a resposta é, só pode ser, “vamos andando”. E podem acreditar que andamos mesmo muito.
Como vêem, amiguinhos, os números da produtividade que nos mostram são muito mentirosos, porque nós não paramos e andamos sempre cansados.
Sei que é assim, mas sobre as causas disto tudo nada digo porque só tenho umas desconfianças que podem nem ser verdadeiras, e eu não Minto, não Engano, não Ludibrio.

Quê, não sabem o que é “ludibrio”?
Meus queridos, perguntem ao avô porque o vosso pai deve estar em reunião e eu agora tenho que ir “afinar” a chave.