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quarta-feira, julho 09, 2014

Abata-se













Eu sei que depois do grande desastre futebolístico de ontem já ninguém se lembra do que aconteceu anteontem.


Mas eu lembro-me, que não sou criatura de me esquecer do que me lixa assim do pé para a mão.Falo daquele ajuntamento lá no Mercado da Ribeira à volta do António Costa.


Seiscentos intelectuais? Gente da cultura? Ora, deixem-me rir. O país não tem nem 60 intelectuais, quanto mais 600! Gente da cultura? Então aquele Montez que, para além de ser genro da Cavaco ainda tem uma empresa de fazer festivais de música com um nome piroso é da cultura? E o Nicolau Breyner que, além de ter sido do CDS, não pára quieto nos seus encostos partidários e tem uma empresa de fazer telenovelas, se calhar de nome piroso, mas isso não sei, é da cultura?


Uma pinoia! Intelectual e culta sou eu, e não fui convidada.


Mas mesmo que fosse, não ia! Apoiar o Costa? Ora, ora, mais valia que mandasse varrer a minha rua que anda uma javardice.E aquilo foi kitsch, kitsch, kitsch, que eu bem vi as fotografias.


Além disso, o gajo nem sequer é de esquerda. De esquerda sou eu.


Ele não mora na Beloura? Ou será em Sintra? Ou em Alvalade? Bom, não sei onde é, mas isso pouco importa, porque o que eu quero mesmo é dizer que ele não tem nenhuma ideia de cidade (saudades do Abecassis, caramba!), que é um elitista, um arrivista que já se atreve a dizer que a cultura merece um ministério.


Li no Expresso, num artigo que adorei (e o Balsemão também) da autoria da Rosa Pedroso Lima, que o homem “ainda não tem programa mas já tem lei orgânica”. É assim mesmo, ó Rosinha, dá-lhe forte, acabem lá com a porcaria da boa imprensa que lhe deram enquanto ele esteve parqueado na Câmara. Agora é para abater!


Eu e os meus já iniciámos o assassinato de personalidade e vamos continuar, até porque ninguém me tira da cabeça que por ali anda o fantasma do Sócrates.


Quem é que eles pensam que são? E como é que a entourage deste homem teve o topete de fazer um encontro com gente da cultura e não me convidar?!


O aviso é sério − estou em luta, e quem quiser que me siga.
De agora em diante, o meu lema é − Abata-se o Costa, p@$$&!!! 


Nota: porque nunca tem mal avisar, este texto é, ou pretende ser, uma ironia. 

terça-feira, setembro 27, 2011

Fazer mais com menos? Chamem a turma do Harry Potter

Na revista Única do Expresso de 24 de Setembro, Luciana Leiderfarb escreve um longo artigo dedicado à cultura, a que chamou “Será este o outono das artes?”
Transcrevo parte do último parágrafo porque o subscrevo:


“…a conversa de mau taxista, nas palavras de António Pinto Ribeiro, chegou à boca dos governantes. Para este ensaísta e programador, é o momento de a comunidade artística apresentar propostas concretas. O momento de se começar a reconhecer cabalmente que a “marca” Portugal vende mal ou não vende em muitos domínios “excepto no da cultura, dos criadores, escritores e cientistas”. Sabe o contribuinte que a sua comparticipação anual para a cultura, em termos de impostos directos, ronda os três euros por mês? E que a economia da cultura é hoje das mais rentáveis e mais capazes de gerar trabalho?”, questiona Pinto Ribeiro. Tudo mudaria, é claro, se quem detém o poder consumisse cultura como uma prática normal. Haveria então a percepção de que, sem a intervenção do Estado, o tecido artístico do país “não sobreviverá, como não sobreviveria em França, na Alemanha ou no Brasil. Como a agricultura, as pescas ou o comércio não subsistem sem políticas económicas de investimento…”

“Fazer mais com menos”, eis a grande divisa dos nossos governantes. Será que alguém acredita nisso quando o menos já é tão menos que até a troika achou que não se podia cortar nada na cultura e na ciência?
Parece que o FJ Viegas acredita, e como tem muitos amigos no meio todos se estão a fazer de cegos, surdos e mudos. Eu não acredito nem na divisa nem no Viegas. Mas decidi dar o benefício da dúvida mais um tempo, esperando estar redondamente enganada.
Pelo sim, pelo não, se é para fazer magia o governo devia chamar o Harry Potter a ver se ele conseguia fazer mais... de quase nada.

sexta-feira, agosto 19, 2011

Lisboa na Rua


Uma boa iniciativa que os lisboetas acolhem com agrado e boa participação. Imagens de ontem ao fim da tarde no Largo S. Carlos com a Orquestra Jazz de Matosinhos.
Aproveitemos.




sexta-feira, abril 08, 2011

O optimista economicista

Segundo notícia do Público online, o Instituto dos Museus e da Conservação, dirigido por João Brigola, está a preparar medidas para reduzir as entradas gratuitas nos museus e palácios a um domingo por mês, em vez da actual situação em que a entrada é livre todos os domingos.
Diz J. Brigola que há demasiadas entradas gratuitas e que com as novas medidas poderia aumentar as receitas em 800 000 euros anuais. E se, por causa dessas medidas, o número de visitantes diminuir, o que o optimista Brigola não receia, não faz mal, porque "o que daí resulta [em termos de receita] é sempre um ganho", diz.
Ora aí temos um bom gestor à frente da cultura; a preocupação não está em criar mais públicos para os museus, mas sim em que estes saiam mais baratos ao Estado.
O ano passado já entraram em vigor algumas medidas para diminuir as entradas gratuitas mas só se perderam 13 620 visitantes. Vamos lá, o que é isso num país em que, cada vez que vamos ao museu, temos que dar “um chega para lá” no vizinho, tal é a multidão que se acotovela diante das obras de arte? Nada, claro!
Porque é que não pomos o homem na CP? Com esta cultura empresarial, era onde devia estar, parece-me. Se ele consegue ganhar 800 000 euros em 52 domingos imagine-se o que ele faria a deficitária CP ganhar em 365 dias.
Passos, você tem aqui homem!
Quanto a nós, vamos todos para o centro comercial ao domingo, que lá não se paga, nem para entrar nem para ver as montras.
Boa, Brigola?