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terça-feira, novembro 06, 2012

O pide, o preso e o barqueiro

Quando ouvi Passos Coelho dizer que ia refundar o Estado e que tinha mandado uma carta ao Seguro a convidá-lo para participar no trabalhinho, lembrei-me duma história que me contaram há muitos anos.

Um preso político, mesmo sujeito a todos os “mimos” que a pide conseguia dispensar, nunca, sequer, abriu a boca. Os pides, em desespero, resolveram mudar de estratégia e mandaram um outro de falas mansas que, com muito jeitinho, tentou convencer o preso da bondade de colaborar.
Este, ouviu-o calmamente e resolveu falar, o que muito animou o pide.

Contou, então, uma história:

“Havia um pobre homem, que vivia numa aldeia à beira do mediterrâneo, cujo trabalho era transportar figos, no seu pequeno barco, entre várias povoações vizinhas. Num dia de inverno, o mar apresentou-se tão calmo e convidativo que ele resolveu carregar o barco e ir fazer o seu trabalho. A meio da viagem, gerou-se uma tempestade que levou o barco, os figos e quase o levou a ele. No inverno seguinte, surgiu um dia exactamente igual ao anterior. O homem sentou-se, olhou para o mar e disse:

Ah, meu grande filho da p***, eu sei bem o que tu queres − o que tu queres, é figos.”

É fácil adivinhar o que se seguiu entre o pide “manso” e o preso mas, se eu fosse o Seguro (cruzes, credo) era com esta história que teria respondido à cartinha, e não com aquele relambório que publicou no facebook.

Ainda bem que não estou na política. O país corria o risco de a ver ainda mais debochada do que ela já está.

segunda-feira, julho 09, 2012

Macário, miúdas e cinzeiros

O Supremo Tribunal Administrativo condenou Macário Correia à perda de mandato face a umas “complicaçõezinhas” que arranjou enquanto presidente da Câmara de Tavira.

Este insigne autarca, ex-deputado do PSD e ex-Secretário de Estado do Ambiente de Cavaco Silva, proferiu há uns anos uma frase linda e digna de antologia de que nunca me esqueci. Disse o homem:

“Beijar uma miúda que fuma é como lamber um cinzeiro.”

Imaginei então um Macariozinho  pré-púbere , muito traquinas mas um bocado estúpido, a experienciar a arte de lamber cinzeiros, treino sem o qual não poderia avaliar o beijo da fumadora quando púbere.

Depois deste intenso, mas não inopinado, chocho que o tribunal lhe pregou, apetece-me mesmo perguntar-lhe:
- Macário, agora sente-se a lamber o quê?
Ainda bem que não deu cadeia (livra!), foi só perda de mandato.

Macário fez longa caminhada desde que lambia cinzeiros; deixou de ser estúpido mas é ainda um traquinas capaz de antecipar os acontecimentos.
Por isso, atempadamente, pediu a reforma - tem direito a duas (2) vitalícias - e aos 57 anos pode dormir descansado.

Os cortes suplementares na saúde e educação seguem dentro de momentos.
Tem de ser. É que não há mais por onde cortar nas despesas do Estado.