Coragem física, idem.
Mas aprecio as duas, quer nos homens, quer nas mulheres.
Há dias critiquei aqui a “coragem” do fulano que chegou a
mandar, num só dia, mais de 100 SMS a um outro que lhe assediou a mulher. Tinha
a coragem toda na ponta dos dedos e atrás do telemóvel.
A José Mourinho, pelo contrário, não se pode negar coragem.
Não encontrei o vídeo que vi num noticiário mas encontrei a
notícia. Resumindo-a, “o treinador do Real Madrid avisou que ia
entrar sozinho em campo antes do dérbi com o Atlético para ser “assobiado à
vontade”.
E assim fez. Quarenta minutos antes de o jogo começar,
Mourinho ofereceu o “peito às balas” e ali ficou sozinho, especado, ouvindo
assobios e aplausos. Entendeu que, se a causa da discórdia é ele, então ele vai
aparecer sozinho para que a equipa não sofra os assobios que o têm como
destinatário.
Teatral? Talvez, mas todo o espetáculo vive disso também.
Porém, se coragem se define como firmeza de ânimo na adversidade, goste-se ou não do estilo (e eu até nem sou fã), não se
poderá nunca dizer que este homem não tem tudo en su sitio.