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quinta-feira, janeiro 05, 2012

Em terras de Bártok e Márai

Os acontecimentos, hoje em dia, sucedem-se tão vertiginosamente que é fácil esquecer o que aconteceu no ano passado, quanto mais há uma dúzia de anos.
Por acaso, não esqueci a eleição dum tal Haider, em 2000, na Áustria.

Era a extrema-direita a chegar ao poder, por via duma coligação, no coração da Europa. A UE reagiu, atabalhoadamente mas reagiu, e impôs uma coisa chamada “sanções diplomáticas”. A coligação ainda durou quatro ou cinco anos, o homem foi moderando o discurso e em 2008 teve um fim triste mas bem à maneira do playboy que era. E a crise passou com argumentos do tipo – estão a ver? a democracia tudo absorve no seu seio e acaba por vencer, o que é, obviamente, falso.

Houve, contudo, sururu, indignação e necessidade de tomar posição.

Agora, a Hungria aprovou uma nova Constituição que parece empurra-la para uma via absolutamente tenebrosa e ninguém dá mostras de se incomodar com isso. Sugiro a leitura do artigo  Hungria já não é "república" e pede a bênção de Deus (também ali em cima à direita)

A União Europeia, enredada entre o deve e o haver, manda às malvas os princípios e nada diz, nem quer saber.
É lamentável mas, se os nossos líderes não querem saber, nós, cidadãos europeus, DEVEMOS QUERER SABER.

É urgente, ao menos, tomar conhecimento; e se assinamos tantas petições a favor de oprimidos em países longínquos, porque não nos incomodamos com o que se passa dentro de portas?