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segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Circo sem pão












 
 
 
 
 
 
 
“Regresso de Miguel Relvas causa incómodo no PSD”, titulava ontem o Público online.
E eu digo “Não acredito”.

Aquela gente não tem incómodos, a não ser os da falta de poder; já com a falta de pudor, ao contrário, sentem-se cómodos. É, julgo, a sua zona de conforto.
Tácticas. Também têm muitas.

No Coliseu, estavam felizes. Riam, sorriam, acenavam rindo, ou então, sorrindo.

Foi bonito de ver − o sorriso de Passos por os ter “metido todos no bolso”; o sorriso de Marques Mendes, a seu lado, era o do puto que faz qualquer coisa para o deixarem jogar na equipa principal; o sorriso de Marcelo era o do acrobata no fim do número de circo em que conseguiu cair de pé e não partir as costelas; o sorriso de Menezes era o do pobrezinho, boa pessoa mas com azar na vida, que aceita qualquer esmola; finalmente, o sorriso de Santana Lopes era o da velha raposa que os “manca” a todos e nunca larga a presa. E nem o Relvas faltou.

Por mérito próprio, Passos é o rei leão naquela selva.

Pelo caminho que aquilo levava, ainda admiti que se pudesse passar da pornografia soft em que estávamos, para a pornografia hard, se se verificasse também a inopinada aparição de Ferreira Leite ou Pacheco Pereira.

Tal não chegou a acontecer, felizmente. É que os congressos do PSD sempre foram espetáculos pouco edificantes, mas classificáveis como “para toda a família”.
E assim devem continuar.

O Coliseu devia cheirar a futuro e às suas deliciosas promessas; por isso ninguém quis ficar fora da fotografia − para mais tarde recordar, se necessário for.

A esquerda que continue a apaparicar “os críticos” do PSD, citando-os, partilhando-os, louvando-os, em vez de cuidar da sua vida e de pensar uma outra vida.

Eles agradecem essa preciosa ajuda.
Ou talvez nem agradeçam, por já não precisarem.