Mostrar mensagens com a etiqueta CGTP. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta CGTP. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, maio 24, 2013

A dona da greve

Ontem vi na televisão Ana Avoila, de CGTP, a dizer que marca a greve da função pública quando quiser e não tem que dar contas a ninguém, naquele jeito um bocado labrego que lhe é peculiar.

Quando ela desapareceu do ecrã fiquei a pensar que já não me basta indignar-me diariamente com o governo, com a oposição, com o Presidente da República, com a Justiça, com os bancos, com a Europa etc., ainda tenho de passar a indignar-me também com os sindicalistas. Malapata.

As Avoilas que povoam os nossos sindicatos são, mais ou menos, como os jotinhas, isto é, fazem toda a sua vida dentro da organização que os sustenta, vão ganhando poder, e quando já ocupam lugares com poder de decisão também não se atrapalham - decidem de acordo com o parecer do seu umbigo, indiferentes a uma realidade que desconhecem porque não a frequentam.

Ana Avoila é apenas mais uma que parece não entender nada do sentimento dos portugueses que ainda têm trabalho, e que querem uma greve tão grande quanto possível, para que tenha significado, peso político, e para que valha a pena o sacrifício que fazem e o que impõem.

Ana Avoila quer apenas a sua grevezinha, por si decidida e manobrada.
Ana Avoila é poucochinha.
Ana Avoila, a sindicalista, está tão impreparada para o tempo que vivemos como o governo.
Ana Avoila está há demasiados anos sem trabalhar.
Está só no sindicato.


sexta-feira, janeiro 20, 2012

A resposta é sempre NÃO

A CGTP bateu com a porta, bem cedo, nas reuniões da Concertação Social.

Eu gostava que ela tivesse ficado mais um pouco e que tivesse perguntado aos patrões o que davam aos trabalhadores em troca do tanto que lhes vão tirar. Concertação deve ser um “toma lá, dá cá”, não?

Depois, podia bater com a porta e vir dizer-nos o que eles tinham respondido. Eu gostava.

O PCP não quis juntar-se aos deputados do PS e do BE para pedir a fiscalização sucessiva do OE por “discordância fundamental” em relação a “alguns dos fundamentos” apresentados no documento. E acrescenta que “O corte é inconstitucional seja feito a todos os trabalhadores, seja feito apenas aos do sector público”. (Público)

Já sabíamos, mas isso é motivo para recusar liminarmente uma ação unitária?

O povo de esquerda que me desculpe mas, neste caso, purismo em excesso tem o mesmo efeito do colaboracionismo. E desmoraliza muito.