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terça-feira, janeiro 22, 2013

Filhos pronto-a-usar

Talvez eu esteja a ficar cínica, talvez a minha fé nos humanos esteja a chegar ao grau zero, talvez outras coisas pouco louváveis se passem comigo, mas o certo é que imagens como esta não me tocam, não me comovem, e até me levantam estúpidas dúvidas.

Ser rico e famoso e “pescar” para adopção um negrinho aqui, um asiático acolá, levanta-me muitas interrogações. Será a compaixão e o espírito de bem-fazer que os move, ou será uma inovadora forma de marketing? Ou  apenas um desejo consumista como qualquer outro?

O que os move? A bondade, ou o ego insuflado que tudo quer e tudo pode?
De uma coisa tenho a certeza − exibir assim uma enorme prole multiétnica rende.

Não duvido que estas crianças estão melhor com eles do que num orfanato. Já quanto à capacidade de lhes dar o muito que uma criança precisa para além de comida, instrução e cuidados de saúde, tenho cá as minhas dúvidas.

A verdade é que não acredito que este casal, com a vida que escolheu ter, possa dispensar a seis ou sete crianças a atenção e educação de que elas precisam para crescerem mental e afectivamente equilibradas.

Digo-o eu que só criei duas.

Olho e acho que eles não têm filhos, têm um infantário; mas se é um infantário, então bem podiam ter vinte e assim “salvar” mais uns quantas crianças de todas as raças e credos.

Talvez eu esteja enganada. Talvez o super-homem e a supermulher, afinal, existam, e tenham encarnado no Pitt e na Jolie.

Muito gostava eu de olhar para imagens destas e ficar simplesmente embevecida; por que tenho que sentir desconforto?