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sábado, outubro 23, 2021

Se

Se PCP e BE não deixarem passar o Orçamento de Estado, se o governo cair, se houver eleições, os partidos de esquerda que não contem com o meu voto, nem, certamente, com o de muitas outras pessoas como eu porque, ao contrário do que eles pensam:

- o óptimo é inimigo do bom

- um Orçamento de Estado não é um programa de governo

- o programa de governo que ganhou as eleições (e em que não votei) foi o do PS

- o governo actual é melhor do que um governo do PSD e amigos, seja o do Rio seja o do Rangel.

Se PCP e Bloco fizerem cair o governo, ao contrário do que pensam, nas eleições levarão uma banhada, e talvez depois a esquerda precise de uma década para se levantar, ou talvez não se levante mais.

Não terão o meu voto. Nenhum deles.

quarta-feira, maio 21, 2014

À rasca









 
 
 
 
 
 
 
É já no domingo, e ainda estou no Voto o quê? Voto em quem?

Obviamente, para mim só existem três hipóteses de voto: PCP, Bloco de Esquerda e Livre.
Estou-me aqui a lembrar que já votei PS quando, salvo erro em 1985, Maria de Lourdes Pintassilgo foi sua cabeça de lista para o Parlamento Europeu. Grandes tempos, grandes listas. Adiante!

Matuto, então:
- O PCP defende a saída do Euro, e acho que até voltou a ser antieuropeu, mas não explica se é para ficarmos orgulhosamente sós num mundo organizado em grandes blocos ou se será para aderirmos ao Mercosul.
Depois, o João Ferreira tem menos carisma que uma cebola − a cebola sempre me faz chorar, ele, nem isso.

- O Bloco de Esquerda propõe-se desobedecer à Europa da austeridade.
Acho bem, mas também ainda não percebi como o vai fazer, e o que esperam que aconteça no pós-desobediência. Será que tudo acaba na segunda-feira, como o Carnaval acaba na quarta, e adeus até daqui a cinco anos?
Também acho que a Marisa Matias precisa que isto acabe depressa…

- O Livre está cheio de boas ideias e quer aprofundar a democracia na Europa. Isso é que era mesmo bom, mas se para o fazer está disposto a mandar o “pai” emigrar deixando o recém-nascido sozinho por aqui, aí já acho mal. Quero o Rui Tavares por cá, na política nacional.

De modo que, certeza, tenho apenas a de concordar completamente com o que Pacheco Pereira escreveu no Público:

Hoje, a União Europeia é um monstro híbrido e perigoso, controlado por uma burocracia que detesta a democracia e que acha que “ela” é que sabe como se deve “governar” a Europa e cada país em particular. (aqui)

Muito bom, não é? Mas como contrariar isto? Continuo à rasca.

quarta-feira, março 13, 2013

Perguntar não ofende. E que ofendesse!


Hoje só me apetece fazer perguntas. 
Por exemplo:
 
- Quantas pauladas nos dará hoje o Gaspar?
- E a gente vai continuar a levar na cabeça?
- Isaltino Morais ainda apresentará o 45º recurso em tribunal?
-E o Macário Correia alguma vez sairá da Câmara?
- O Tribunal Constitucional responderá antes de irmos para a praia em Agosto?
- Cavaco estará incontinente e por isso não sai de casa?
- PCP e Bloco alguma vez mudarão os seus estereótipos reactivos ao PS?
- Haverá Papa ainda hoje? Estou que nem posso!
- Esta minha vontade de andar à chapada ainda durará muitos dias?



quarta-feira, maio 02, 2012

Traída pelo defunto

Num exercício de puro mau gosto, Fernanda Câncio publicou no blogue jugular, o relato, análise e incómodos da sua ida ao velório de Miguel Portas.

Começa pelo sacrifício de estar meia hora à chuva e seguem-se as contrariedades.

Ao cumprimentar a família, que era o que queria fazer, teve também que cumprimentar “o comité” do Bloco.
Horrível! Homenagem ao Bloco! Dixit
Misturas destas não lhe cabem na cabeça, e, por isso, termina dizendo:

a mistura do pessoal e do político existia no miguel, claro. como, de algum modo, em todos nós. mas isto, não posso deixar de o dizer, caiu-me muito mal.

Ora que pena. Talvez um Guronsan ajudasse.
Resumindo, o morto fez-lhe uma afronta, já que sabemos que tudo foi pensado pelo Miguel.
E que não tivesse sido? Se a heterodoxa família Portas ali esteve com os dirigentes do Bloco foi porque entendeu que assim devia ser, com razões que são suas e não são da nossa conta.

Ir a um velório é um acto público – só vamos se queremos, só cumprimentamos quem queremos, e é de bom-tom não criticar em público as opções e disposições tomada, para o momento, pelos protagonistas.

Um pouco de humildade, de respeito e de aceitação da diferença, não fariam mal a Fernanda Câncio.
Se tais “dotes” tivesse, poderia ter encontrado ali apenas a Helena, o Nuno, o Paulo, a Catarina, o Francisco, o Luís, o João e, com todos eles, ter sentido a fragilidade e pequenez que todo o ser humano sente quando a morte vem buscar alguém que amamos.
Mas não, ela só viu o Bloco - ódio de estimação.

Fernanda Câncio devia experimentar tomar a família Portas como referência de tolerância e união, mas também de fractura com as normas convencionadas duma burguesia urbana mas parola.
E devia fazê-lo não só para os velórios, mas para a VIDA.