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quarta-feira, junho 12, 2013

Nicolau foi a Veneza

Não queria, juro que não queria voltar a falar disto, mas sou fraca.

Lendo o Atual do Expresso de 8 de Junho, topo com uma página inteirinha e laudatória dedicada à nossa Joana na Bienal de Veneza.

O texto deixava muito a desejar, mais parecia um panfleto publicitário carregado de banalidades e de afirmações encomendadas do tipo “o país sai honrado pela escolha de Joana Vasconcelos”.

A meio da leitura já eu me interrogava sobre a sua autoria – o escriba, afinal, era Nicolau Santos, o homem da economia, que “viajou a convite de Pré-Build”.

Ok, entendido.

Porém, uma dúvida me fica: será que o Celso Martins, ou o José Luís Porfírio, que costumam escrever sobre arte no Expresso, não quiseram ir?

Ou será que o Nicolau agarrou no convite e pensou: eu é que sou o director-adjunto e não vou perder esta borla com tudo aquilo a que tenho direito – viagem, jantar feito pelo chefe Avilez e degustado na companhia dos manos Portas, concertos e Dj no tombadilho do cacilheiro atirando música aos canais pela noite fora.

Com a dúvida ficarei, mas daqui te saúdo Joana, por fazeres tantos amigos felizes.

segunda-feira, abril 29, 2013

No reino dos seres perigosos


Numa surpreendente exposição na Culturgest Rui Toscano brinda-nos com esculturas para ouvir.





Ípsilon, Público de 26 Abril 2013
“ de há algum tempo que a humanidade é um programa em aberto”.
Amos Oz.

 
Atual, Expresso de 27 Abril 2013 (entrevista)
- Os ministros do seu livro são sobretudo incompetentes…
- E o mais difícil é saber como agir face a essa ignorância ministerial. O que se faz perante a estupidez? Talvez a esperança esteja apenas naquilo que cada um de nós pode fazer.
John Le Carré

Fim-de-semana com artistas e escritores. Gente que pensa. Gente que subverte. Gente perigosa. Gosto.

terça-feira, abril 26, 2011

O "escarafunchanço" de Ana Markl

Ana Markl escreve no Atual do Expresso de 22 de Abril uma interessantíssima crónica sobre o “escarafunchanço” nas feridas (suponho que amorosas) que algumas músicas ajudam a fazer. Conta, ligeiramente, como em cada idade se escarafuncha na dita, fala de crostas que se metem na boca, de facas para rodar na ferida, de sacos de confetes (?) que nos hão de cair em cima, do mail dum amigo especialista nessa arte (do escarafunchanço, claro), etc.
Aquilo é uma prosa magnífica a servir um conteúdo que não está ao alcance de todas as cabecitas – o escarafunchanço.
Talvez por isso eu não tenha percebido nada à primeira leitura mas, como sou uma burra teimosa, como todas as burras, suponho, resolvi fazer uma segunda (e penosa) leitura.
Com esforço acho que cheguei lá, e concluí que aquilo devia ter muita filosofia – de Platão a Immanuel Kant, passando por Nietzsche e Heidegger, e que eu é que não estou preparada para tais leituras.
Devem ser coisas que só os mais novos entendem, aqueles a quem a escola recente dá sólida formação em filosofia, que inclui, certamente, o escarafunchanço. Eu estou out.
O que me parece é que esses mais novos não leem, e muito menos compram, jornais. Daí a minha inquietação por também não perceber os critérios editoriais do Expresso para o seu suplemento cultural.
Eu bem escarafuncho, mas não entendo, e fico cada vez mais perplexa, embora esteja completamente encantada com a beleza dessa palavra da lingua portuguesa em boa hora escolhida por Ana Markl - ESCARAFUNCHANÇO. É lindo!