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quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Kiev não mora aqui













 
 
 
 
 
 
Ontem vi Kiev em brasa, mas também a Bósnia e a Venezuela sobre brasas, como antes o Brasil, a Turquia ou a Tailândia, locais onde as pessoas parecem determinadas a inverter o curso dos acontecimentos que lhes querem impor.

Inconformadas estão, aquelas gentes.

Enquanto ontem em Kiev se morreu e se atearam fogos, por cá esteve sol.

Deu nas televisões, e gostei muito de ver, o centrão todo à volta do Vítor Gaspar. Este fez um discurso bonito, em que, por acaso, disse o contrário do que disse no último, mas não faz mal porque o último também era muito bonito.

O Vitorino falou bem, e a Avilez estava cheia de charme a agitar a melena.

Assim, ontem, fazendo o balanço do dia antes de adormecer, verifiquei que só uma coisita me aborreceu – a notícia do Público, segundo a qual, Joana Vasconcelos “está sem tempo para intervenção nas comemorações do 25 de Abril”.

Ora, isto sim, é uma grande contrariedade.

É que precisávamos mesmo da mais rebelde (!!!) artista deste tempo para nos ajudar a comemorar aquele único momento da nossa história recente em que todos (ou quase) fomos realmente rebeldes – há 40 anos houve um dia em que nos mandaram ficar em casa e fomos logo todos para a rua.

Depois desse dia de loucura, graças a Deus, sossegámos.
Definitivamente, Kiev não mora aqui. Nem Caracas. Nem São Paulo.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

No país dos homens muito inteligentes

É aqui, esse país, e temos vários. Os que reúnem maior consenso de “muito inteligentes” são Marcelo Rebelo de Sousa e António Vitorino, um do PSD e outro do PS.

Ambos são dados ao comentário político visionário, raciocínio rápido e “brilhante” e vêem como ninguém o que deve ser feito em política.

Porém, ambos passaram fugazmente por ela, e dela fugiram logo que surgiu uma oportunidade, voltando às suas cátedras, escritórios de advogados, pareceres bem pagos e ao comentário “muito inteligente”.
Coisas mais pesadas, como resistir e governar, por favor não lhes peçam, porque as suas brilhantes cabeças não se podem entreter com tão pouco.

Surge-nos agora um novo D. Sebastião, que não tem tanta fama de “muito inteligente” (mas deve ser) e que nem tem fugido da política de trazer por casa − António Costa.
O país do centro para a esquerda, sedento de alternativa credível e oposição que se veja, anseia pela sua liderança no PS.

Veremos o que escolhe: se os seus interesses políticos pessoais, com um voo da Câmara de Lisboa directamente para Belém, ou se arrisca tentar travar o nosso suicídio colectivo polvilhando um futuro governo com um pouco de bom senso.

Por mim, já acredito em tudo, que começa a parecer-se demais com o não acredito em nada.