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sexta-feira, setembro 26, 2014

Que ganhe António Costa











Ontem, na Antena 1, Maria Flor Pedroso cruzou duas entrevistas que fez, separadamente, a António Costa e a António José Seguro.

A última pergunta, igual para os dois, foi:

- António Costa, qual é a maior qualidade de António José Seguro?
- A persistência.

- E o maior defeito?
- Não vou responder, não quero ir por aí (não foi isto na forma, mas foi-o no conteúdo).

- António José Seguro, qual é a maior qualidade de António Costa?
- É um político hábil.

- E o maior defeito?
- É um político hábil.

Não se pode dizer que estas respostas sejam todo um programa, mas dizem muito sobre a índole e personalidade destes dois homens que se propõem governar-nos.

No domingo, socialistas e simpatizantes socialistas vão escolher um deles para seu candidato a primeiro-ministro.

Se estou muito cansada dum inaudito primeiro-ministro que, a juntar a tudo o que já fez e disse, descobre-se agora, é tão sério como os menos sérios que o antecederam, não estou menos cansada dum líder da oposição que se revelou pouco inteligente mas muito esperto, corporizando o pior da nossa mesquinha pequenez “tuga”.

Em política o carácter conta. E alguma inteligência é fundamental.
Que ganhe António Costa.

 

quinta-feira, setembro 11, 2014

Visto da janela




Não é só o António Costa que está sempre à janela.
Eu também gasto muito tempo a flanar de janela em janela, mas no meu caso é mais entre as janelas do Windows.
 
Logo de manhã abri várias destas, onde fiquei a saber coisas assim:
- em Londres há 900 cientistas de topo que são portugueses.
- por cá, e só até Agosto deste ano, nasceram menos 957 crianças que no mesmo período do ano passado.
 
Pensei −que sorte a nossa, hein?! − aqui nunca cheira a cocó na fralda, com a graça de Deus, e pode-se estar à janela; já em Londres, com todos aqueles cientistas portugueses em idade fértil a fazerem bebés, deve ser cá um pivete…
 
Outras janelas abertas relembraram-me outros 11 de Setembro, em Nova Iorque ou Santiago do Chile; não gosto de lembrar nenhum.
 
Por isso, vou para dentro. Mas vou tranquila, porque sei que o António Costa fica de atalaia. Se o Tozé Seguro o disse…
 
 
Nota: imagem roubada no Facebook à Gina Faria que, por sua vez, a roubou não sei a quem.
.
 

 

 

segunda-feira, junho 09, 2014

Sebastianismo














Não sou apreciadora da cabeça sempre fria nem da perene falta de emoção.
Nem mesmo na política, ou sequer no jornalismo. Talvez por isso não apreciei o artigo de Ana Sá Lopes no jornal i, sobre o “sebastianismo” à volta de António Costa.

É um desses momentos de frieza jornalística em que, deliberadamente, apenas se verifica e comenta o facto, omitindo sempre, e cuidadosamente, as suas causas. É também uma visão muito gauche e um bocadão complacente.

. Termina Ana Sá Lopes escrevendo: Convinha que se discutisse política. Retirando a saudação à herança Sócrates e uma avaliação mais correcta das origens da crise, Costa não disse nada que ficasse no ouvido. Mas parece que a sedução chega.

É bem possível que tenha razão, que Costa não faça muito melhor que Seguro mas, por mim, que pertenço ao grupo dos que o preferem mesmo posicionando-me muito à sua esquerda, a escolha é simples:

- Para começar, escolho entre um boneco de plástico e um ser pensante, ambos com provas dadas nesse tão singelo quanto relevante aspecto.
- Depois, escolho entre o prolongar da agonia e a ténue esperança do doente desenganado.
- Finalmente, escolho entre a dúvida razoável e a clara convicção, ou seja, tenho dúvidas que, daqui por um ano, Seguro consiga vencer as eleições e estou convicta que António Costa o conseguirá.

Se tal se verificar, terei de agradecer a António Costa por nunca mais precisar de ver as trombas de Passos e Portas no papel que têm vindo a desempenhar denodadamente - o de guardas sádicos desta coutada onde os nossos “irmãos” ricos da Europa se têm entretido a caçar pequenos animais − nós. E essa não será pequena dívida.
Não quero vê-los mais, e a quem mos tirar da frente ficarei eternamente grata.

Dado o ponto a que chegámos, Ana Sá Lopes, ainda nem é preciso discutir política; basta-me que mude alguma coisa para que possa acreditar que nem tudo vai ficar, para sempre, na mesma.
Que venha Costa, pois. Pior não ficaremos porque, nesse aspecto, pior é impossível

 

 

 

segunda-feira, junho 02, 2014

Crónica dos dias que passam




















Há dias, estando eu no Lidl, parei um pouco naquela zona em que o supermercado tem roupa e outras tralhas muito alemãs, isto é,  muito “forte e feio”.

De súbito, no meio do silêncio, (sim, porque aquele é supermercado silencioso, sem música ambiente ou outras parvoíces sulistas), oiço a voz duma mulher, do outro lado da banca, a dizer:
- Jô, tens aí os teus óculos? Empresta lá!

Olhei e vi uma mulher alta, bonita, bem arranjada, na casa dos quarenta.
Imediatamente após o pedido, e sem nunca levantou os olhos do objecto pesquisado (no caso uns forros para bancos do automóvel), a amiga de Jô acrescenta de si para si, mas com decibéis suficientes para que todos a pudéssemos ouvir, e com total à vontade no solilóquio:

- Não vejo um cagalhão!

Ora, eu tinha acabado de ler sobre aquele estudo americano (mais um) que afirma que “as pessoas que dizem palavrões são mais honestas e de confiança”.

Em traços gerais, o autor do estudo diz que “dizer palavrões permite às pessoas expressar sentimentos que de outra forma seriam guardados para si mesmo, ou camuflados com palavras mais ‘corretas’ mas que não correspondem verdadeiramente à realidade que está a ser sentida. Dessa forma, dizer palavrões em determinadas situações que o justifiquem pode ser um sinal de honestidade e significar que estamos perante alguém que não esconde os seus sentimentos.”

A amiga de Jô, nem sequer disse propriamente um palavrão, mas eu achei logo que ela deve ser uma pessoa honesta e de confiança (sou muito crente em estudos), e fiquei grata por ter um encontro matinal assim, de tanta qualidade.

Saí do néon para a luz da manhã a pensar como os novos conhecimentos trazidos pelos estudos americanos podem, por vezes, mudar tudo. Imaginemos que o injustiçado Tozé Seguro lia o estudo e decidia dizer o mesmo que tem dito mas em modo palavrão honesto e confiável.

Assim, por exemplo:
“Não vejo, nem nunca vi, um cagalhão (ai!) da verdadeira política, mas isso pouco importa porque, em compensação, sei tudo sobre manobras partidárias; metam todos nos cornos (ui!) que eu é que sou o cabrão (ai!) do secretário-geral do PS, e que não me demito, cara…go! (ui!), porque ganhei a porra (ai!) das eleições! Ouviram, ó seus merdas (ui!)?”

Não tenho dúvidas que, aí, ficaria logo com o partido na mão – honestidade e confiança, you know – e assim escusava de andar em círculos, a fugir do Costa, e a arranjar estratagemas para fazer um congresso daqui por uns dez anos.

E todos ganhávamos. Sobretudo, tempo!
Alguém lhe devia mostrar o estudo americano.

Nota: imagem de CC tirada daqui

terça-feira, maio 27, 2014

“O PS ganhou as eleições!”, ouviram?!


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na noite das eleições, e no discurso de victória, António José Seguro repetiu várias vezes que “o PS ganhou as eleições”.
 
Na segunda-feira, e numa entrevista pirosa na rua, no carro e no Rato, voltou a repetir que “o PS ganhou as eleições”.

Na Antena 1, hoje, ouvi Ana Gomes dizer, talvez em eco, que “o PS ganhou as eleições”.

Maria de Belém também veio lembrar que “ o PS ganhou as eleições” e seria pouco inteligente desvalorizar isso, como disse Augusto Santos Silva.
Acho que estão todos com medo que a gente não tenha percebido.

Mas a gente percebeu.
Lamentavelmente, esta rapaziada e mulherada é que parece que não percebeu duas coisas essenciais que os portugueses lhes quiseram dizer:

1- Nas condições actuais, se o secretário-geral do PS fosse o Rato Mickey ganhava também com 4 pontos de diferença, ou mais.
2 – Que os portugueses não gostam, não acreditam, não querem e não votam no Tozé para Primeiro-Ministro.

Teremos que fazer desenhos explicativos além das tradicionais cruzinhas?

segunda-feira, outubro 28, 2013

Desolé











 
 
 
Uma jovem criatura muito cá de casa passou os últimos meses da sua vida junto dos gauleses.

A propósito de experiência dizia-me: a palavra francesa que passei a odiar é desolé, porque, basicamente, quando usada pelos franceses, quer dizer “vai à merda”.

Regressada de uns dias fora e sem internet, tentei apanhar as últimas no ar – entrevista do Sócrates, ausências do Seguro, programa cautelar ou segundo resgate, pouca gente nas manifestações.

Tudo na mesma, portanto.

Talvez por isso, neste belo tempo de romãs, só me apetece sair por aí, distribuindo a torto e a direito uns bem puxados e eufemísticos “desolé”, “desolé”, “desolé”.

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Parecem bandos de pardais à solta

É certo que na semana passada o meu discernimento esteve um bocado afectado, deixei-me atrasar com as notícias e agora o assunto já é velho, mas foi assim que vi o acontecimento mais palpitante da semana:

Entre o Rato e o Intendente, há dois bandos de putos que parecem bandos de pardais à solta na disputa do território para as suas malfeitorias.

O do Rato tem como nome de guerra “Ninguém-tá-Seguro” e o do Intendente, “Quebra- Costas”.

O primeiro tem tido supremacia, usando e abusando de abstenções violentas, o que muito irrita o segundo que gosta de maior refrega e o acusa de, por um lado, não defender a memória histórica do bairro do Rato e, por outro, de se acagaçar com os betos da Lapa.

A coisa tem andado em banho-maria mas, de repente, a paciência acabou-se, vá-se lá saber porquê.

O grupo do Quebra- Costas acirrou o chefe e este disse: “manos”, nada temam, eu vou lá, é desta que me porto mesmo mal.

O chefe do “Ninguém-tá-Seguro” encheu o peito, mostrou a alva dentuça como é de seu costume e disse: olha, olha, qual é a pressa, pensas que tenho medo de ti? Vem cá “meu”, vem, se queres ver o “aparelho” a dar-te nas fuças.

Quebra-Costas, homem de indiscutível coragem para dar o peito às balas, foi, mas, a partir daí, não consegui perceber mais nada do que se passou. Se calhar foi o padre da igreja do Rato que os ungiu, não sei, só sei que acabaram aos abraços.

Passados tantos dias, continuo sem perceber nada, mas pouco me importa, porque, (e isto é uma confidência) pelo-me por finais felizes com abraços, e beijinhos, e “amasso” e etc. e tal.

 

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Três singelas perguntas


Caro Tó Zé Seguro

Li ontem no ionline que você disse: "Ambiciono uma maioria absoluta. Só com maioria absoluta é que consigo aplicar o meu programa e do Partido Socialista para Portugal entrar num novo rumo
Venho aqui para lhe fazer três perguntas:
1 – Acha que vai haver eleições em breve?
2 - Vai pedi-las?
3 – Seria possível dar-nos um vislumbre do seu pensamento político para dar “novo rumo a Portugal”?

É que, sem resposta a estas três singelas perguntas acho um bocado estapafúrdio que nos venha falar em maiorias absolutas.

Usando o português de Portugal, parece-me que está a pôr a carroça à frente dos bois, usando o português do Brasil diria que está a fazer conversa mole para boi dormir.
Vai responder aqui à manada, ou quê?

segunda-feira, janeiro 14, 2013

Falemos, então, de putas


Num artigo da série “Que valores para 2013?”, no Público de 6ª feira passada, João Magueijo (Físico Teórico português no Imperial College, em Londres), escreve um artigo com o título “República das Putas”, que começa assim:

A expressão não é original, mas o plágio é deliberado. Quando Josef Skvorecky escreveu o livro República das Putas, havia na então Checoslováquia o sentimento dum país traído, entregue ou vendido a uma ideologia questionável, por uma classe dominante corrupta e por políticos que eram de facto putas, metafórica e literalmente. No caso de Portugal não houve tanques a entrar pelo país e a ideologia a que fomos vendidos será outra, supostamente oposta. Mas de resto a história é tal e qual, especialmente no que diz respeito à qualidade e moralidade dos políticos.

Ocorrem-me algumas notícias recentes que provam como vivemos, digamos, num sítio mal frequentado, só para não repetir palavras que a minha mãe não gosta que eu use.

1 - Novo director do departamento de supervisão da CMVM criou, para o BCP de Jardim Gonçalves, cinco off-shores nas ilhas Caimão.
Como não quero levar com uma queixa-crime como aconteceu com a Associação Transparência e Integridade, vou dizer que concordo porque o homem deve ser muito competente, fez muito bem o que lhe mandaram e nunca foi arguido.
Viva a CMVM.

2 - Lobo Xavier vai liderar a Comissão para a reforma do IRC. Pode parecer que se vai meter a raposa no galinheiro, mas Lobo Xavier é alto quadro da Sonae e é muito competente. Faz o que lhe mandam (ou pagam) e até vai à televisão.
Viva a Sonae.
 
3 - João Cordeiro, da Associação Nacional das Farmácias, vai ser candidato à Câmara de Cascais por decisão de António José Seguro.
Este homem disse do PS o que Mafoma não disse do toucinho, mas pronto, é supercarismático (!), experiente e competente. Dará um magnífico presidente de câmara porque a mulher de Seguro é sua colega na ANF.
Viva o Seguro.

4 - A presidente da Câmara de Palmela, eleita pelo PCP, vai reformar-se aos 47 anos.
Tem direito, sim senhor, e político não tira direito a político, só a quem o elege.
Viva "a superioridade moral dos comunistas".

República das putas, isto?
Não, o Magueijo exagera; antes diria − república com muitas putas mas muitíssimos mais tansos.

Bolas, até me esqueci que a minha mãe não gosta que eu use este palavreado.

terça-feira, novembro 06, 2012

O pide, o preso e o barqueiro

Quando ouvi Passos Coelho dizer que ia refundar o Estado e que tinha mandado uma carta ao Seguro a convidá-lo para participar no trabalhinho, lembrei-me duma história que me contaram há muitos anos.

Um preso político, mesmo sujeito a todos os “mimos” que a pide conseguia dispensar, nunca, sequer, abriu a boca. Os pides, em desespero, resolveram mudar de estratégia e mandaram um outro de falas mansas que, com muito jeitinho, tentou convencer o preso da bondade de colaborar.
Este, ouviu-o calmamente e resolveu falar, o que muito animou o pide.

Contou, então, uma história:

“Havia um pobre homem, que vivia numa aldeia à beira do mediterrâneo, cujo trabalho era transportar figos, no seu pequeno barco, entre várias povoações vizinhas. Num dia de inverno, o mar apresentou-se tão calmo e convidativo que ele resolveu carregar o barco e ir fazer o seu trabalho. A meio da viagem, gerou-se uma tempestade que levou o barco, os figos e quase o levou a ele. No inverno seguinte, surgiu um dia exactamente igual ao anterior. O homem sentou-se, olhou para o mar e disse:

Ah, meu grande filho da p***, eu sei bem o que tu queres − o que tu queres, é figos.”

É fácil adivinhar o que se seguiu entre o pide “manso” e o preso mas, se eu fosse o Seguro (cruzes, credo) era com esta história que teria respondido à cartinha, e não com aquele relambório que publicou no facebook.

Ainda bem que não estou na política. O país corria o risco de a ver ainda mais debochada do que ela já está.

sexta-feira, outubro 12, 2012

Ena, pá, Seguro foi a Paris.




Seguro foi a Paris falar durante 30 minutos com François Hollande. Grande Seguro, isso é d’homem, e até parece alta política.

De que terão falado, interrogo-me. De política e de Europa não deve ter sido, visto que nenhum deles tem qualquer ideia firme naquelas cabecinhas sobre tais assuntos.

Hollande já mostrou que é mero “encarregado de negócios” dos patrões franceses e da Merkel (ao assinar o pacto de estabilidade que tinha jurado não assinar).

Seguro, por sua vez, sabe que nunca chegará a chefe de quadrilha, e os ensinamentos de Hollande nem lhe devem interessar por aí além; por isso me parece que o jovem estava com vontade de ir rever o outono em Paris e, de caminho, tomou um cafezinho no Eliseu.

Foi simpático, certamente, e fica bem no currículo, naquela parte da “experiência internacional”. Talvez se prepare para emigrar, quem sabe?!

PS: não encontrei fotos do encontro; por isso ponho outra, visto ser indiferente.

terça-feira, agosto 28, 2012

O princípio de Peter

Quando no fim de semana o vi na televisão, a arengar sobre a RTP, assim munido de camisa e dentadura tão brancas que se podiam usar num anúncio de lixívia, pensei o mesmo de sempre – vai fermoso e não seguro.

Se eu quisesse explicar o princípio de Peter às criancinhas, usá-lo-ia como exemplo: em rapaz, se calhar, até foi bom mas juniores, mas promoveram-no e ele mostra claramente que não tem lugar na equipa sénior, muito menos como capitão.

Cada um tem o seu nível de incompetência, e ponto final.

quarta-feira, abril 11, 2012

No comboio descendente

Que diz Seguro sobre o tratado orçamental que coloca a obrigatoriedade do défice em 0,5%? Que tem ali uns pozinho não sei de quê que quer juntar à receita mas que, com pozinhos ou sem pozinhos, ele vai dizer que SIM.


Quando imagino uma reunião do governo em que se fale da oposição/PS,  apetece-me logo cantar:

No comboio descendente
Vinha tudo a gargalhada
Uns por verem rir os outros
E os outros sem ser por nada

Quando imagino uma reunião da comissão política do PS, apetece-me logo cantar:

No comboio descendente
Mas que grande reinação
Uns dormindo outros com sono
E os outros nem sim nem não

Já não há bilhetes para o comboio descendente.

terça-feira, janeiro 31, 2012

Não te entendo, moço.

O rapaz que há uns meses aceitou um trabalho temporário como Secretário-geral do PS e que dá pelo nome de António José Seguro, tem o condão de me pôr a desconfiar da minha própria literacia.

Primeiro foi aquela história da “abstenção violenta” do PS na votação do Orçamento de Estado.
Corri dicionários, enciclopédias, prontuários, gramáticas e até fui ao Ciberdúvidas  para tentar perceber o sentido de tão arrevesada locução. Nada.

Ainda mal refeita deste trauma, eis que me aparece de novo Seguro com afirmações sobre as negociações da dívida da Madeira que cito:

"É um acordo entre familiares do PSD, que aplica àquela região autónoma a mesma receita do Continente, isto é, empobrecer", disse o líder socialista, acrescentando que a Madeira "vai ser duplamente prejudicada" com esta opção.” (daqui)

Ora, é sabido que há famílias muito desavindas ou até, para ser moderna, disfuncionais, mas o mais normal é haver entreajuda entre familiares. Com esta frase, a gente pensa que ele vai dizer que houve favorecimento mas, qual quê, a seguir diz que a Madeira "vai ser duplamente prejudicada".

Se isto se transpusesse para num cartoon, eu apresentar-me-ia, certamente, com os olhos revirados e um balão de fala cheio de pontos de interrogação.

Não consigo entender o rapaz, mas isso não é grave, é só iliteracia minha. Grave mesmo é que me parece que ele também não se entende a si próprio.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Choque

Já em várias ocasiões tive vontade de falar do rapaz. Ou talvez fosse apenas vontade de lhe dar ânimo. O que acontece é que, de cada vez que o vejo, fico tão envergonhada, mas tão envergonhada, que até parece que é alguma coisa comigo.

Felizmente descobri que há quem aborde o assunto muito melhor do que eu alguma vez conseguiria.
E aqui fica, com a devida vénia.

http://osecretariochocado.wordpress.com/

terça-feira, novembro 08, 2011

Um bom rapaz

O Tó Zé é o tipo de rapaz que qualquer mãe portuguesa gostaria de ter como genro. Sempre bem-apessoado, composto, delicado, atencioso, ponderado, penteado, engravatado, desamarrotado, sorriso branco e puro.

Parece de plástico, mas não é, posso jurar eu, que já o vi; e nem é preciso apalpar, basta ver para se perceber que temos homem.

Habituada que estou à delicadeza do Tó Zé, fiquei estupefacta quando li que ele disse - os socialistas vão protagonizar uma "abstenção violenta, mas construtiva" ao Orçamento.

Eu, confesso, não percebi, mas violência, Tó Zé, isso é que não. Não desiluda as mães deste país que, coitadas, já andam tão desiludida e preocupadas e raladas e fartas de gentinha que só sabe fazer greves, como hoje, por exemplo, em que toda a gente tirou o Corsa da garagem e isto está que não se pode. Acalme-se, Tó Zé, por favor. E nada de violências, rico.

terça-feira, julho 26, 2011

Bom apetite!

Podem homens inteligentes, subitamente, transformar-se em adoradores de nabos?
Podem. É só ver a devoção com que alguns, na disputa eleitoral do PS, se entregaram ao TÓ ZÉ. E que felizes ficaram!
Aqui deixo, para todos, sinceros votos de boa digestão do tubérculo que tanto apreciam.