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sexta-feira, março 25, 2022

Um homem feliz

Olho António Costa e vejo um homem feliz, o que não espanta, porque ele é mesmo um homem de sorte.

Imagine-se que ele(s) não tinha acabado com a geringonça; como iria distanciar-se dos tiros no pé dados todos os dias pelo PCP no que se refere à guerra da Ucrânia?

Imagine-se que, por milagre, a Marcelo lhe tinha dado para ser um homem ponderado em vez de um espalha-brasas e criador de factos políticos, e antes de marcar eleições tinha tentado outras soluções que resultassem. Imagine-se que os portugueses não tinham culpado a esquerda pelo desentendimento e não tinham muito medinho do Chega.

Se os deuses não tivessem trabalhado neste sentido, não teríamos agora um Costa com maioria absoluta, uma esquerda quieta a lamber as feridas, e um Marcelo em perda, a quem mais não resta que fazer birras em público.

Posto isto, nem o euromilhões lhe fugiu, visto que chegou em forma de verbas para concretizar o PRR.

Cereja em cima do bolo ( que pode ser o de noiva): o casamento António/Fernanda parece estar a viver uma nova lua de mel - é que não se largam, quase pior que Maria e Aníbal.

Interrogo-me se a senhora não se cansará de tantas andanças pela mão do António. Não se deve cansar, pois também ela parece satisfeita no desempenho do papel de Constança -  como recordava outro António, o Vitorino, "não há festa nem dança onde não vá dona Constança".

Assim é Fernanda, que podia ser Constança.

Mas a felicidade é uma coisa bonita de se ver e o "amor em tempo de cólera" amolece o coração mais empedernido.

sexta-feira, março 13, 2015

Mais uma escandaleira, é o que é.





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta notícia - PS pagou a Costa em 2007 para ser assessor político - que desde ontem está em todos os jornais, que me aparece no Facebook post sim, post não, e que, de facto ninguém lê para além do título, deixa-me muito revoltada.

Como se pode admitir que um partido, neste caso o PS, tenha pedido a um dos seus, por acaso, ao tempo, um ministro, que deixasse o lugar e se candidatasse à Câmara da capital do país sem o advertir imediatamente de que, entretanto, até ser eleito (ou não) teria que viver na indigência por uns dois meses?

O PS devia ter deixado o António Costa sem trabalho, sem dinheiro, sem camisa, e em jejum.

Só assim evitaria que, daí a oito anos, um qualquer estarola se lembrasse de fazer, sobre o tema, uma não-notícia induzida por um título idiota.

Além do mais, o que é que o PS tem que contratar um dos seus para assessor político?
Isso é imperdoável nepotismo!

Devia era ter contratado, p’raí, sei lá… o Nuno Melo.
Isso sim, era decente.
 

quinta-feira, fevereiro 26, 2015

António Costa, largue o osso














 
 
 
 
 
Caro António Costa, estou em vias de perder a paciência consigo.

Para começo de conversa tenho que lhe confessar que fui daquelas que muito se insurgiram contra a inépcia do seu colega Seguro, e que achei que o senhor poderia fazer melhor oposição.

Perplexa, após cinco meses de exercício do cargo, não percebi ainda qual a grande diferença entre ambos. E não serei a única, julgo.

Desde que se tornou secretário-geral do PS, o senhor, quando não está calado, está a pôr velas à Senhora da Asneira.

Só nos últimos tempos, houve a história do 1 euro para aterrar em Lisboa, do aumento das taxas na factura da água, da proibição de circulação de veículos antigos, do perdão de taxas ao Benfica, tudo decisões polémicas, tomadas no âmbito da sua actividade autárquica.

Deixe que lhe pergunte: por que não larga a Câmara?

É que esta, não só lhe rouba tempo para a política nacional, como o obriga a tomar medidas às vezes impopulares, às vezes incompreensíveis, às vezes apenas parvas, mas que são aproveitadas contra si, e sem contemplações, pela corja que está no poder.

O grande tiro no pé, porém, foi dado agora no discurso que fez para chinês ouvir.

Eu sei que o senhor não queria dizer que o país está melhor, sei que não o disse, que usou a palavra “diferente”, mas toda a gente percebe que, se quer vender um produto e diz que ele é diferente, só pode ser para melhor.

O que lhe aconteceu neste infeliz momento, e que talvez venha a acontecer noutros, resulta, parece-me, da falta de preparação; daquela preparação que o senhor não está a fazer, talvez por falta de tempo.

Ao contrário, o malandreco do Nuno Melo, mais os seus amigalhaços, têm muito tempo, e estarão sempre à coca para o entalar, não duvide.

Insisto: por que não deixa a Câmara para o fresco Medina e não se dedica a estudar os dossiês, a treinar reações rápidas e eficazes, a preparar os discursos e os improvisos?

Vai-me falar no Jorge Sampaio? Vai-me dizer que ele fez o mesmo e que foi eleito Presidente da República? Bom, a verdade é que, para além de isso ter sido há vinte anos, num tempo bem diferente, portanto, o senhor também não é o Jorge Sampaio. Bem longe disso, aliás.

Sinto, na sua actuação política, uma desconcertante ligeireza, e uma ausência de percepção de como estamos todos à beira do colapso nervoso.

Sugiro-lhe que deixe para lá o Alfredo Barroso, que apenas aproveitou o momento para sair do PS − não se perde grande coisa, e amanhã já ninguém se lembra, não se preocupe comigo que já perdi a paciência consigo, mas tente, ao menos, respeitar os milhares de portugueses que, em Setembro, saíram de casa para o apoiar, preparando-se condignamente.

O caminho, para si, e até às eleições, estará sempre pejado de cascas de banana, mas se largar “o osso” da Câmara evitará uma enormidade delas, vai ver.

Não acredito que siga o meu conselho, mas será pena.

Curiosidade: este é o milésimo post deste blog.

segunda-feira, dezembro 01, 2014

A longa marcha













 
 
António Costa é, finalmente, secretário-geral do PS.

Não foi pequena a caminhada, e respectiva dose de esforço, que António José Seguro lhe impôs para aqui chegar − quase meio ano nos separa das europeias que desencadearam o processo que ontem terminou.

Os termos ditados por Seguro foram à sua medida – grandiosos nos tempos, mesquinhos nos objetivos. Costa aceitou prazos absurdos, percorreu concelhias e distritais, debateu na televisão e encaixou ataques pessoais de baixo nível, mobilizou militantes e simpatizantes para as primárias que ganhou “sem espinhas”.

Depois, julgo que houve directas e, a uma semana do congresso, cai-lhe no colo a pior notícia possível − a prisão de José Sócrates. Se estremeceu, não demos por nada, antes aproveitou a situação para dar provas de grande acuidade política e capacidade de liderança.

Por fim, agarrou um congresso que ameaçava decorrer com o entusiasmo dum velório.

 O seu discurso de encerramento mostrou um líder forte a fazer uma inusitada viragem à esquerda.
Por uma (boa e inesperada) vez, foi um discurso que alguém como eu gosta de ouvir. Aguardemos então pela acção, que é o que, verdadeiramente, conta.

Em breve António Costa começará o circuito da carne assada, fazendo duas voltas ao país, enxotando o fantasma de Sócrates, que quererá assombrá-lo ao virar de cada esquina, e tentando passar uma mensagem que agrade à esquerda sem assustar o centro.

Habituado que está à “Quadratura do Círculo”, talvez consiga.
Se se fizer eleger primeiro-ministro, terá passado um ano e meio de grandes trabalhos.

Simpatizo sempre com gente que luta por objectivos no meio das muitas dificuldades que lhe vão sendo plantadas no caminho.

Hoje, António Costa merece o meu respeito.
Até agora, nesta caminhada, nada para ele foi fácil.

terça-feira, novembro 11, 2014

Ide, ide pentear macacos












 
 
 
 
Estou fartinha de pagar para entrar em Lisboa, venha eu de onde vier.
Taxas sobre o turismo não me chocam.
O turismo não tem só vantagens, e há que reparar os danos.
Por essa Europa fora tudo é pago – até o inevitável xixi.

Mas, quando penso que os nossos filhos emigrados, chegando à Portela, vão ter que pagar uma taxa turistica, bom, aí fico mesmo enxofrada, e só me apetece dizer ao Costa que vá pentear macacos.

É o que estou fazendo, como se pode ver!

Imagem: Rumble Fish, Francis Ford Coppola, 1983

sexta-feira, setembro 26, 2014

Que ganhe António Costa











Ontem, na Antena 1, Maria Flor Pedroso cruzou duas entrevistas que fez, separadamente, a António Costa e a António José Seguro.

A última pergunta, igual para os dois, foi:

- António Costa, qual é a maior qualidade de António José Seguro?
- A persistência.

- E o maior defeito?
- Não vou responder, não quero ir por aí (não foi isto na forma, mas foi-o no conteúdo).

- António José Seguro, qual é a maior qualidade de António Costa?
- É um político hábil.

- E o maior defeito?
- É um político hábil.

Não se pode dizer que estas respostas sejam todo um programa, mas dizem muito sobre a índole e personalidade destes dois homens que se propõem governar-nos.

No domingo, socialistas e simpatizantes socialistas vão escolher um deles para seu candidato a primeiro-ministro.

Se estou muito cansada dum inaudito primeiro-ministro que, a juntar a tudo o que já fez e disse, descobre-se agora, é tão sério como os menos sérios que o antecederam, não estou menos cansada dum líder da oposição que se revelou pouco inteligente mas muito esperto, corporizando o pior da nossa mesquinha pequenez “tuga”.

Em política o carácter conta. E alguma inteligência é fundamental.
Que ganhe António Costa.

 

segunda-feira, setembro 15, 2014

Agressão aos sentidos


















 
 
 
 
 
 
 
Num dos debates de Antónios, ouvi o Costa António dizer que a reforma das freguesias só correu bem em Lisboa, e porque a Câmara resolveu nela participar.

Territorialmente, pode até ter corrido bem, não sei, mas na reorganização dos serviços, como a limpeza do espaço público atribuída às freguesias, está à vista que correu pessimamente.

Num momento em que Lisboa pode receber, num só dia, sete barcos de cruzeiro, e ganhar um milhão de euros pelos serviços fornecidos aos “marujos”, nem assim alguém se mobiliza para lhe providenciar cuidados básicos de higiene.

Pelas ruas e avenidas voam sacos de plásticos e folhas de jornal, rolam garrafas de cerveja e latas de refrigerante; as folhas das árvores tapam as entradas de esgotos, os caixotes do lixo transbordam e tresandam, e as poias dos cães, a cada passo, são um insulto ao munícipe pagador de taxas.

Há meses que não vejo um varredor.

A incúria, a desmoralização, a badalhoquice, a falta de brio, o desmazelo, o feio, invadem-nos e agridem-nos os sentidos.

Correu mal, senhor Presidente, é óbvio que correu mal. 
Só não percebo por que são sempre precisos anos para corrigir os erros.


Imagem daqui

quinta-feira, setembro 11, 2014

Visto da janela




Não é só o António Costa que está sempre à janela.
Eu também gasto muito tempo a flanar de janela em janela, mas no meu caso é mais entre as janelas do Windows.
 
Logo de manhã abri várias destas, onde fiquei a saber coisas assim:
- em Londres há 900 cientistas de topo que são portugueses.
- por cá, e só até Agosto deste ano, nasceram menos 957 crianças que no mesmo período do ano passado.
 
Pensei −que sorte a nossa, hein?! − aqui nunca cheira a cocó na fralda, com a graça de Deus, e pode-se estar à janela; já em Londres, com todos aqueles cientistas portugueses em idade fértil a fazerem bebés, deve ser cá um pivete…
 
Outras janelas abertas relembraram-me outros 11 de Setembro, em Nova Iorque ou Santiago do Chile; não gosto de lembrar nenhum.
 
Por isso, vou para dentro. Mas vou tranquila, porque sei que o António Costa fica de atalaia. Se o Tozé Seguro o disse…
 
 
Nota: imagem roubada no Facebook à Gina Faria que, por sua vez, a roubou não sei a quem.
.
 

 

 

quarta-feira, julho 23, 2014

Qual é a pressa?




Gostava que alguém me soubesse explicar o que é o que António Costa foi fazer àquela coisa, promovida pela TSF, com o Rui Rio.

A mim, pareceu-me que quis, desde cedo, deixar claro, num momento em que algumas pessoas de esquerda declararam explicitamente que se iam organizar para que o PS possa governar à esquerda no caso de não conseguir uma maioria absoluta, que, caso necessite, se encostará sempre à direita.

Assim como quem diz: não se macem, filhos, eu não vou desviar-me do melhor estilo dos partidos socialistas europeus nas últimas décadas.
E esse é, como sabeis, encostar à direita.

Contudo, agora pergunto eu: qual é a pressa?
Se ele esperasse mais um pouco, podia também enganar a esquerda mais um pouco, e, assim, levar-lhe os votos.

É que da direita, com o candidato Rui Rio, ele não levará nenhum. A direita não precisa do Costa para nada. E eu também não.

Por isso daqui o saúdo − Costa, vai à m@$&a.

quarta-feira, julho 09, 2014

Abata-se













Eu sei que depois do grande desastre futebolístico de ontem já ninguém se lembra do que aconteceu anteontem.


Mas eu lembro-me, que não sou criatura de me esquecer do que me lixa assim do pé para a mão.Falo daquele ajuntamento lá no Mercado da Ribeira à volta do António Costa.


Seiscentos intelectuais? Gente da cultura? Ora, deixem-me rir. O país não tem nem 60 intelectuais, quanto mais 600! Gente da cultura? Então aquele Montez que, para além de ser genro da Cavaco ainda tem uma empresa de fazer festivais de música com um nome piroso é da cultura? E o Nicolau Breyner que, além de ter sido do CDS, não pára quieto nos seus encostos partidários e tem uma empresa de fazer telenovelas, se calhar de nome piroso, mas isso não sei, é da cultura?


Uma pinoia! Intelectual e culta sou eu, e não fui convidada.


Mas mesmo que fosse, não ia! Apoiar o Costa? Ora, ora, mais valia que mandasse varrer a minha rua que anda uma javardice.E aquilo foi kitsch, kitsch, kitsch, que eu bem vi as fotografias.


Além disso, o gajo nem sequer é de esquerda. De esquerda sou eu.


Ele não mora na Beloura? Ou será em Sintra? Ou em Alvalade? Bom, não sei onde é, mas isso pouco importa, porque o que eu quero mesmo é dizer que ele não tem nenhuma ideia de cidade (saudades do Abecassis, caramba!), que é um elitista, um arrivista que já se atreve a dizer que a cultura merece um ministério.


Li no Expresso, num artigo que adorei (e o Balsemão também) da autoria da Rosa Pedroso Lima, que o homem “ainda não tem programa mas já tem lei orgânica”. É assim mesmo, ó Rosinha, dá-lhe forte, acabem lá com a porcaria da boa imprensa que lhe deram enquanto ele esteve parqueado na Câmara. Agora é para abater!


Eu e os meus já iniciámos o assassinato de personalidade e vamos continuar, até porque ninguém me tira da cabeça que por ali anda o fantasma do Sócrates.


Quem é que eles pensam que são? E como é que a entourage deste homem teve o topete de fazer um encontro com gente da cultura e não me convidar?!


O aviso é sério − estou em luta, e quem quiser que me siga.
De agora em diante, o meu lema é − Abata-se o Costa, p@$$&!!! 


Nota: porque nunca tem mal avisar, este texto é, ou pretende ser, uma ironia. 

segunda-feira, junho 09, 2014

Sebastianismo














Não sou apreciadora da cabeça sempre fria nem da perene falta de emoção.
Nem mesmo na política, ou sequer no jornalismo. Talvez por isso não apreciei o artigo de Ana Sá Lopes no jornal i, sobre o “sebastianismo” à volta de António Costa.

É um desses momentos de frieza jornalística em que, deliberadamente, apenas se verifica e comenta o facto, omitindo sempre, e cuidadosamente, as suas causas. É também uma visão muito gauche e um bocadão complacente.

. Termina Ana Sá Lopes escrevendo: Convinha que se discutisse política. Retirando a saudação à herança Sócrates e uma avaliação mais correcta das origens da crise, Costa não disse nada que ficasse no ouvido. Mas parece que a sedução chega.

É bem possível que tenha razão, que Costa não faça muito melhor que Seguro mas, por mim, que pertenço ao grupo dos que o preferem mesmo posicionando-me muito à sua esquerda, a escolha é simples:

- Para começar, escolho entre um boneco de plástico e um ser pensante, ambos com provas dadas nesse tão singelo quanto relevante aspecto.
- Depois, escolho entre o prolongar da agonia e a ténue esperança do doente desenganado.
- Finalmente, escolho entre a dúvida razoável e a clara convicção, ou seja, tenho dúvidas que, daqui por um ano, Seguro consiga vencer as eleições e estou convicta que António Costa o conseguirá.

Se tal se verificar, terei de agradecer a António Costa por nunca mais precisar de ver as trombas de Passos e Portas no papel que têm vindo a desempenhar denodadamente - o de guardas sádicos desta coutada onde os nossos “irmãos” ricos da Europa se têm entretido a caçar pequenos animais − nós. E essa não será pequena dívida.
Não quero vê-los mais, e a quem mos tirar da frente ficarei eternamente grata.

Dado o ponto a que chegámos, Ana Sá Lopes, ainda nem é preciso discutir política; basta-me que mude alguma coisa para que possa acreditar que nem tudo vai ficar, para sempre, na mesma.
Que venha Costa, pois. Pior não ficaremos porque, nesse aspecto, pior é impossível

 

 

 

sexta-feira, maio 30, 2014

Maus pensamentos









 
 
 
 
 
 
 
 
Li ontem no Expresso:

Foi convocada uma greve de todos os funcionários da câmara (de Lisboa) para o dia 12 de junho (véspera de Santo António). No dia 14, haverá paralisação dos trabalhadores da limpeza urbana, entre a meia noite e as cinco da manhã. Entre 13 e 22 de junho, estes funcionários farão greve a todo o trabalho extraordinário. (aqui)

Ora bem, dia 12 de Junho é uma quarta-feira e véspera de feriado em Lisboa. Uma greve para todos os funcionários da Câmara vem mesmo a calhar.
Dia 14, logo após o feriado, é sexta-feira, e uma greve à recolha do lixo também vem mesmo a calhar.

Isto quer dizer que não haverá recolha de lixo em Lisboa durante cinco dias, sendo que neles se inserem as festas da cidade.
Entre 13 e 22 de Junho haverá greve às horas extraordinárias.

Depois disso, mais uma semaninha para dar conta do estrago e as ruas da cidade estarão, finalmente, limpas.

Estragada mesmo, e à séria, fico eu quando dou comigo a pensar:

Se é para irem votar, não vão. Se é para se manifestarem, também não vão. Disponíveis estão apenas para nos deixarem no meio da merda no Natal e no Santo António. Ora vão para a pata que os pôs!

Maus pensamentos, estes! E reaccionários!
Haverá alguma dúvida de que a culpa só pode ser do Costa?

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Pangloss









 
 
 
Quem passou pela baixa lisboeta no fim de semana anterior ao Natal encontrou, nas ruas, uma multidão maior do que na maioria parte das manifestações.
Oiço agora que os hotéis na Serra da Estrela estão esgotados para o final do ano.
Concluo que, uma grossa fatia da classe média urbana não empobreceu.
Ainda bem. Não defendo o empobrecimento.

Devido à greve, as ruas de Lisboa estão cheias de lixo do que se comeu, do que se bebeu, do que se comprou e do que se ofereceu.
Não foi assim tão pouco, pelo que vejo.
Ainda bem, dado que não defendo o empobrecimento.

Os cantoneiros da Câmara de Lisboa fazem greve durante cinco dias, seguida de outros tantos com greve às horas extraordinárias.
Devem ganhar muito bem, para aguentarem tantos dias de greve.
Como não defendo o empobrecimento, volto a dizer, ainda bem para eles.

O pessoal anti-Costa (António) aproveita para nele malhar, culpando-o da estrumeira em que vivemos, mas nunca diz o que acha que ele devia fazer – ignorar a lei da greve e contratar substitutos, ou ceder à exigência dos cantoneiros que recusam a restruturação do serviço.

Pessoalmente, parece-me que ele está fazendo tudo bem, exactamente porque defendo a democracia e as suas leis – uns fazem greve, e os outros respeitam-na.

Pelo seu lado, a tal classe média que comeu, bebeu, comprou e ofereceu, não está disposta a guardar lixo no apartamento durante 10 dias, e larga-o na rua.
Cada um trata de si, como de costume. So what?

Olho à volta e decido, por uma vez, pensar como Pangloss: “as coisas não podem ser de outra forma” ou “tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis”.
E assim pretendo terminar o ano.

sexta-feira, novembro 15, 2013

Foi só uma lembrança


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Senhor presidente Costa dá licença? Desculpe o incómodo.

Talvez tenha lido este meu postzinho, e se não leu não sabe o que perdeu, sobre as suas louváveis diligências, antes das eleições de Setembro, para informar os lisboetas sobre buracos que não eram da sua competência.
Eu até mostrei, na foto ali de cima, os adizeres que vexa mandou pôr para a gente saber que o Metropolitano de Lisboa é que tinha a responsabilidade.

 
Acontece que já choveu e ventou de novo, vexa já foi eleito e bem eleito, e agora os adizeres voaram e tornaram-se lixo. Ainda por cima caíram todos de borco e já não se consegue ler nada. A “paisagem” ficou assim:

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 















 
 
 
 
 
Eu, confesso, estou muito entusiasmada porque, se chover mais um bocadinho, não será preciso muito mais tempo para estarmos ali sentados à espera do autocarro e a ver lá em baixo quantos minutos faltam para a chegada do próximo comboio. Fixe, não é?

Agora a porcaria dos seus papelões é que não está com nada, de tão inúteis que se tornaram.
Não quer ponderar a hipótese de os mandar remover? Foi só uma lembrança minha… e se incomodei, desculpe, mas é que tenho a mania que a via também é minha.

quarta-feira, outubro 02, 2013

Não foi a obra que me encantou, foi a informação


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Três dias depois das eleições autárquicas já toda a gente debitou opinião e fez contas.

Eu só venho aqui hoje dar os parabéns ao António Costa pela sua victória com números que já nem se usam.

Mas ele merece, trabalhou que nem um danado nesta campanha.

Suponho que se terá lembrado do que aconteceu ao João Soares há não sei quantos anos, quando prescindiu de fazer campanha porque “já tinha ganho”, e, afinal, não tinha.

Costa é criatura que aprende depressa e bem, e eu imagino que os homens do presidente bateram ruas, ruelas, praças e pracinha para ver o que podiam fazer para animar os munícipes.

Também fui agraciada com um pouco do bodo, mas o que mais gostei, afinal, foi duma informação.

No inverno 2012/2013, chuvoso como poucos, um troço duma rua perto de mim abateu.

Puseram-se umas grades e umas fitas e assim ficámos durante o resto do Inverno, a Primavera e todo o Verão, até agora ao Outono, uma semana antes das eleições. Estão a pensar que o buraco foi arranjado? Nada disso. Nas grades foi colocada a informação: Recuperação de Via a Cargo do Metropolitano de Lisboa.

Pronto, aí todos percebemos que a Câmara não tem nada que ver com aquela desgraceira, embora eu, como outros certamente, a tenha andado a culpar injustamente durante meses.

A culpa toda, todinha, afinal é do Metro.

Da informação, eu gostei, mas a grande chatice é que o Metropolitano de Lisboa não vai a votos. E já chove.

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Parecem bandos de pardais à solta

É certo que na semana passada o meu discernimento esteve um bocado afectado, deixei-me atrasar com as notícias e agora o assunto já é velho, mas foi assim que vi o acontecimento mais palpitante da semana:

Entre o Rato e o Intendente, há dois bandos de putos que parecem bandos de pardais à solta na disputa do território para as suas malfeitorias.

O do Rato tem como nome de guerra “Ninguém-tá-Seguro” e o do Intendente, “Quebra- Costas”.

O primeiro tem tido supremacia, usando e abusando de abstenções violentas, o que muito irrita o segundo que gosta de maior refrega e o acusa de, por um lado, não defender a memória histórica do bairro do Rato e, por outro, de se acagaçar com os betos da Lapa.

A coisa tem andado em banho-maria mas, de repente, a paciência acabou-se, vá-se lá saber porquê.

O grupo do Quebra- Costas acirrou o chefe e este disse: “manos”, nada temam, eu vou lá, é desta que me porto mesmo mal.

O chefe do “Ninguém-tá-Seguro” encheu o peito, mostrou a alva dentuça como é de seu costume e disse: olha, olha, qual é a pressa, pensas que tenho medo de ti? Vem cá “meu”, vem, se queres ver o “aparelho” a dar-te nas fuças.

Quebra-Costas, homem de indiscutível coragem para dar o peito às balas, foi, mas, a partir daí, não consegui perceber mais nada do que se passou. Se calhar foi o padre da igreja do Rato que os ungiu, não sei, só sei que acabaram aos abraços.

Passados tantos dias, continuo sem perceber nada, mas pouco me importa, porque, (e isto é uma confidência) pelo-me por finais felizes com abraços, e beijinhos, e “amasso” e etc. e tal.

 

segunda-feira, janeiro 28, 2013

No país dos homens muito inteligentes

É aqui, esse país, e temos vários. Os que reúnem maior consenso de “muito inteligentes” são Marcelo Rebelo de Sousa e António Vitorino, um do PSD e outro do PS.

Ambos são dados ao comentário político visionário, raciocínio rápido e “brilhante” e vêem como ninguém o que deve ser feito em política.

Porém, ambos passaram fugazmente por ela, e dela fugiram logo que surgiu uma oportunidade, voltando às suas cátedras, escritórios de advogados, pareceres bem pagos e ao comentário “muito inteligente”.
Coisas mais pesadas, como resistir e governar, por favor não lhes peçam, porque as suas brilhantes cabeças não se podem entreter com tão pouco.

Surge-nos agora um novo D. Sebastião, que não tem tanta fama de “muito inteligente” (mas deve ser) e que nem tem fugido da política de trazer por casa − António Costa.
O país do centro para a esquerda, sedento de alternativa credível e oposição que se veja, anseia pela sua liderança no PS.

Veremos o que escolhe: se os seus interesses políticos pessoais, com um voo da Câmara de Lisboa directamente para Belém, ou se arrisca tentar travar o nosso suicídio colectivo polvilhando um futuro governo com um pouco de bom senso.

Por mim, já acredito em tudo, que começa a parecer-se demais com o não acredito em nada.