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segunda-feira, junho 09, 2014

Sebastianismo














Não sou apreciadora da cabeça sempre fria nem da perene falta de emoção.
Nem mesmo na política, ou sequer no jornalismo. Talvez por isso não apreciei o artigo de Ana Sá Lopes no jornal i, sobre o “sebastianismo” à volta de António Costa.

É um desses momentos de frieza jornalística em que, deliberadamente, apenas se verifica e comenta o facto, omitindo sempre, e cuidadosamente, as suas causas. É também uma visão muito gauche e um bocadão complacente.

. Termina Ana Sá Lopes escrevendo: Convinha que se discutisse política. Retirando a saudação à herança Sócrates e uma avaliação mais correcta das origens da crise, Costa não disse nada que ficasse no ouvido. Mas parece que a sedução chega.

É bem possível que tenha razão, que Costa não faça muito melhor que Seguro mas, por mim, que pertenço ao grupo dos que o preferem mesmo posicionando-me muito à sua esquerda, a escolha é simples:

- Para começar, escolho entre um boneco de plástico e um ser pensante, ambos com provas dadas nesse tão singelo quanto relevante aspecto.
- Depois, escolho entre o prolongar da agonia e a ténue esperança do doente desenganado.
- Finalmente, escolho entre a dúvida razoável e a clara convicção, ou seja, tenho dúvidas que, daqui por um ano, Seguro consiga vencer as eleições e estou convicta que António Costa o conseguirá.

Se tal se verificar, terei de agradecer a António Costa por nunca mais precisar de ver as trombas de Passos e Portas no papel que têm vindo a desempenhar denodadamente - o de guardas sádicos desta coutada onde os nossos “irmãos” ricos da Europa se têm entretido a caçar pequenos animais − nós. E essa não será pequena dívida.
Não quero vê-los mais, e a quem mos tirar da frente ficarei eternamente grata.

Dado o ponto a que chegámos, Ana Sá Lopes, ainda nem é preciso discutir política; basta-me que mude alguma coisa para que possa acreditar que nem tudo vai ficar, para sempre, na mesma.
Que venha Costa, pois. Pior não ficaremos porque, nesse aspecto, pior é impossível