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sexta-feira, março 07, 2014

Números, números e mais números











 
 
 
 
 
 
 
Em Janeiro deste ano, 425 mil desempregados perderam o subsídio de desemprego.
Em Janeiro deste ano, 388 mil desempregados tiveram subsídio de desemprego.
O país está melhor!

Em 2013 houve 532.042 ordens de penhoras de salários e vencimentos por dívidas ao fisco.
Em 2013, o total das ordens de penhora foi de 2.070.315.
O país está melhor!

Américo Amorim, o português mais rico segundo a revista Forbes, detém o equivalente a 2,5% do produto interno bruto (PIB) português.

Por seu turno, Bill Gates, o mais rico do mundo, não consegue deitar as unhas a mais do que 0,5% do PIB norte-americano, e mesmo juntando os cinco mais ricos dos States eles não alcançam o feito do Amorim porque só têm 1,6% do PIB do país deles. (no i)

O país está melhor, portanto, e mais equitativo.

Ainda sobre números e cifrões: a Europa vai pagar metade dos dois mil milhões de dólares da dívida energética que a Ucrânia tem para com a Rússia; suponho que seja sob a forma de doação porque não ouvi falar em empréstimo.

Se assim for, é a realização dum velho sonho meu - dar dinheiro meu a fascistas para pagar dívidas de corruptos.

 
Fotografia de Tomas Brugger

quarta-feira, março 20, 2013

No reino animal


No mundo dos negócios e da finança em Portugal há dois grupos dominantes de animais: o das araras emplumadas que não se calam, e o das doninhas malcheirosas escondidas nas moitas mas silenciosas.

No primeiro grupo inserem-se Fernando Ulrich e Belmiro de Azevedo; sempre que lhes põem um microfone à frente não resistem a produzir o discurso do palhaço rico com o qual as televisões providenciam tempo de antena de baixo custo, e as redes sociais conseguem uma semana de ofendida cavaqueira.

Acontece, porém, que são discursos sentidos, e as araras acreditam no que dizem.

No outro grupo, o das doninhas, estão os que sabem a música toda mas preferem o silêncio, continuando a fazer os seus negócios, claros ou escuros, sempre que possível longe das luzes da ribalta; são, por exemplo, Ricardo Salgado e Américo Amorim.

Quando araras e doninhas, com a cultura que lhes é própria, viram elite económica e financeira dum país, fácil se torna perceber por que nele a finança estoira e a economia não medra.