Conta o artigo que a mulher foi
executada porque seria disputada por dois comandantes talibãs que teriam
"alguma forma de relacionamento" com a vítima. "Para salvar a
face", acusaram-na de adultério, explica o governador da província de
Parwan, onde foi filmado o vídeo amador. Depois, "fingiram um julgamento
para decidir o destino desta mulher e, numa hora, executaram-na", acrescenta.
Há poucos dias
li também que mais
de 80 países e organizações, reunidos na conferência de doadores em Tóquio, prometeram
doar quatro mil milhões de dólares ao Afeganistão, todos os anos e até 2015.
Li,
há mais dias, que Portugal se comprometeu a doar 1 milhão de euros às forças
armadas afegãs. É dinheiro que não nos faz falta e será, certamente, bem usado.
Os
doadores exigem em troca do seu dinheiro “compromissos de combate à corrupção e de
garantias de transparência”, ou seja, coisas vagas, muito vagas.
O
Afeganistão continuará a ser um inferno na terra para quem lá nasce mulher,
perante a complacência de doadores muito civilizados, correctos e, na sua
maioria, cristãos.