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segunda-feira, outubro 07, 2013

Viram?


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este 5 de Outubro não teve grande piada. A bandeira, desta vez, subiu direitinha, os políticos chegaram em passo apressado e meteram-se logo lá para dentro, alérgicos que estão ao ar da rua.
Só os meus amigos da Facebook encheram os seus murais de VIVA A REPÚBLICA e eu gostei.

Mas houve outro momento que eu vi na televisão, várias vezes, e de que gostei muito.

Graças à norma, estabelecida pelas “tias”, de dar um só beijinho no acto de cumprimentar, foi lindo de ver, na hora da despedida, a Assunção Esteves deixar Passos Coelho de cabecinha à banda, oferendo-lhe a outra face, enquanto ela desandava ligeira, graciosa, fermosa e segura.

Ah, ah! Sempre ouvi dizer, lá no Alentejo, que quem se mete com rapazes amanhece mijado.
Pode-se deduzir que quem se mete com “tias” …

Ora, não vou acabar a frase. Cada um que escolha.
Desde que introduza uma palavra acabada em “ado” ou “ido”, deve estar bem, com certeza.
E completa o meu raciocínio.

segunda-feira, outubro 08, 2012

Duas mulheres



Naquelas lamentáveis comemorações do 5 de Outubro, duas mulheres ousaram romper o anel protector do medo que o poder político levantou em redor de si mesmo.

Quase tudo foi mau demais naquele dia, e enquanto a maioria de nós ficou em casa a rir da bandeira de pernas para o ar ou a abrir a boca com a estupidez do discurso de Cavaco, aquelas duas mulheres – Luísa Trindade e Ana Maria Pinto, movidas pelo desespero, uma, e pela indignação, outra, tiveram a coragem de estragar o fino velório.

Entretanto, o inefável Jorge Sampaio dizia que não comentava nada porque já há ruído a mais.

Pois a mim parece-me que ainda há ruído a menos, e que os ouvidos ainda lhe vão doer por excesso de decibéis.
Estou grata àquelas duas mulheres por terem quebrado a paz de cemitério que reinava no Pátio da Galé.