Mostrar mensagens com a etiqueta 1º Maio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 1º Maio. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, maio 01, 2013

1º Maio












 
Viver e morrer por 40 dólares/mês

"O colapso do edifício foi o último de uma série de acidentes em fábricas de roupas de Bangladesh", ressalta Brad Adams, da ONG Human Rights Watch. "O governo, donos de fábricas e a indústria internacional de vestuário pagam os trabalhadores em Bangladesh com salários que estão entre os mais baixos do mundo. Mas não têm a decência de criar condições seguras de trabalho para aqueles que costuram as roupas de pessoas de todo o mundo". (daqui)



terça-feira, maio 01, 2012

sexta-feira, abril 29, 2011

Cármen

Pele lisa, cor e textura de pêssego, cabelo rebelde, cara lavada, sorriso afável, gargalhada até às lágrimas quando a propósito
Na sua vida privada, Cármen é uma espécie de estrela à volta da qual gravitam muitos planetas – marido, dois filhos, avô, mãe, meia-irmã.
Possante mas flexível, a balzaquiana Cármen todos mete debaixo da sua asa, até mesmo algum desamparado que se lhe atravessa no caminho.
É dadora de sangue e dança no rancho folclórico do seu bairro.
Estudou pouco mas aproveitou as “Novas Oportunidades” para completar o 12º ano, e merece-o.
Tudo isto é feito nos intervalos, porque Cármen é cabeleireira profissional durante todo o dia e, da meia-noite às 3 da manhã faz limpezas numa escola por conta duma empresa de limpezas.
Como trabalha 12 horas por dia, e nunca na economia paralela, Cármen ficou sem abono de família. Na hora dessa verdade zangou-se, claro, mas, sem perder balanço inscreveu-se para recenseadora do Censo, e foi aceite. Começou logo com o propósito de alcançar o objectivo máximo para ganhar o bónus.
E não é que ganhou mesmo?!
Contra ventos e marés, é ela que pega no leme e decide a rota; não há temporal que a derrube.
É um privilégio cruzar na vida com uma Cármen, porque cada movimento seu, sem estrépito, tão silencioso quanto seguro, mostra que tudo pode ser diferente do luso e tão tradicional queixume.
Mas atenção, há por aí muito mais Cármen (s) do que aquilo que nos querem fazer crer.
E é, de novo, quase 1º de Maio.