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segunda-feira, março 12, 2012

Às malvas: Independência, República e Mortos

Já tínhamos percebido, estarrecidos, que o Papa também manda aqui no protetorado, mas, por mim, apesar de escandalizada, achei que aquilo era mais um assinar de cruz do que outra coisa. Puro engano.

Sua Santidade acha que o feriado de 15 de Agosto, que costumamos dedicar ao deus Sol, feiras, festarolas e arraiais, é mais importante que o de 1 de Novembro e, por isso, talvez se faça a troca.

Sua Santidade lá sabe aquilo que é melhor para a nossa alma.

Assim à primeira vista, eu diria que faz bem à alma de milhares de portugueses irem ao cemitério (no dia 1 de Novembro, por ser feriado, e não no dia 2 como marca o calendário) com as suas flores, vistosas ou campestres, aos molhos ou solitárias, modo de dizer aos seus mortos que ainda não foram esquecidos.

A Igreja portuguesa deve pensar como eu, mas Sua Santidade, que não é de cá e só nos visitou como um rei, com grande estilo e recursos, não sabe nem quer saber nada desta gente humilde que homenageia mortos.

Vai dai, se bem calhar, vai-se o dia que lhes dedicamos e fica o da tal Assunção que poucos sabem quem é. Por mim, não conheço essa nem nenhuma outra com o mesmo nome.

Apetece dizer - valham-nos Todos os Santos, mas parece que por agora, para os portugueses, nenhum está de serviço ou com disposição.