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segunda-feira, abril 02, 2012

Deu-lhe para ser foleiro

Quando ouvi dizer que Ribeiro e Castro tinha votado contra a nova legislação laboral, deitei as mãos à cabeça e pensei – valham-me todos os santos que o homem virou à esquerda. Depois, lá acalmei porque percebi que, afinal, ele só está contra o fim do feriado de 1 de Dezembro por ser o dia da recuperação da independência.

Vem de lá o Paulo Portas, questionado sobre o assunto, e diz, mais coisa menos coisa – “para mim, o mais importante é cada um de nós, no dia da independência de Portugal, dar o seu contributo para que Portugal recupere a sua independência”.

Ó Paulo, é bem verdade que uma desgraça nunca vem só.
Se este fosse o tempo em que você vestia a roupinha de latifundiário patriota e telúrico, a gente ria-se e havíamos de o ouvir dizer que os patriotas, consigo à cabeça, estavam escandalizados com o fim do feriado em dia por demais importante para a nação.
Agora que tanto precisamos de rir, você trata de vestir a roupa de estadista e de debitar discursos tão patrioteiros como foleiros, que nem dão para rir.

O menino não imagina o tamanho do desejo que tenho de o ver voltar rapidamente ao armário para tirar o boné e o capote da naftalina.
Isso é que eram boas notícias.