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quinta-feira, junho 16, 2011

Alguém viu por aí a ética?


A notícia é chocante, e a degradação moral que ela mostra leva-me a pensar que este país caminha para ser inviável.
Lembro-me de, há muitos anos, ter ouvido Laborinho Lúcio dizer que um jovem que não prevarica será um adulto malformado. Concordei com ele. Prevaricar e ter a respectiva consequência ajuda a formar uma personalidade saudável.
Porém, a educação moderna aceita a prevaricação sem consequência e assim criamos adultos tão malformados que se entregam ao copianço quando se preparam profissionalmente para decidir das nossas vidas.
Os seus superiores também não acham isso grave e optam por passar toda a gente com 10. O argumento usado – falta de tempo para repetir o exame (falta de tempo de quem?) mostra que o rigor e a ética também não fazem parte das suas preocupações.
Notícias destas dão-me calafrios na espinha.

quarta-feira, abril 27, 2011

Coisas de que é feio falar

Há dias, a ministra Ana Jorge dizia que “as fraldas nos hospitais têm asas, bem como outros produtos do hospital”.
Esta é uma verdade inconveniente, que todos conhecemos, mas de que é feio falar.
O “desperdício” em Portugal não é só o que o Estado faz em todos aqueles setores e situações de que os economistas e comentadores nos falam – Parcerias PP, institutos e fundações, autoestradas, nomeações políticas etc.
O “desperdício” também é obra de muitos portugueses “servidores do Estado” que colocam asas nas fraldas dos hospitais, medicamentos, seringas, compressas, alimentos, materiais de limpeza e tudo o que por lá exista e que, na contabilidade, julgo que se chamam bens transacionáveis.
Dá-se até o caso de, por vezes, algum desse material calhar a aterrar em centros de enfermagem privados, onde serão pagos pelo consumidor.
Da mesma maneira, noutros locais, canetas, lápis, clipes, agrafos, elásticos, papel, fotocópias, tudo é material voador.
Dir-me-ão que o mesmo se passa em muitas empresas privadas, cooperativas, IPSS etc., e eu acredito, até porque já vi.
São tantos os objetos voadores em circulação que até me espanta como não há mais engarrafamentos e choques lá nas alturas.
Claro está que o povo tem o velho provérbio que diz – ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão, mas bom mesmo era que não houvesse ladrões e que um pouco mais de ética voltasse a ter lugar na nossa vida coletiva.