sábado, março 15, 2014

Afinal, a vida é bela


















 
 
 
 
Durante a semana passada muito se falou no “Manifesto dos 70”, o tal que assume que a dívida portuguesa, assim, não é pagável.
Acontece que aqueles 70 portugueses querem pagar a dívida, e por isso defendem que ela tem de ser reestruturada.

Isto parece-me elementar, e tem sido prática corrente entre os homens ao longo de séculos, mas por cá gerou grande reboliço.
Não que houvesse discussão séria, isso não, que não vale a pena, mas no que toca ao insulto foi do bom e do melhor.

Partindo do princípio de que nada de novo será feito, Cavaco Silva já tinha vindo dizer que a austeridade vai manter-se até 2035, porque só então a dívida pública estará nos 60% do PIB.

Eu não me assustei nada com isso.

Hoje, o Expresso escreve que Passos faz contas diferentes e que, com números de crescimento mais modestos, conclui que a dívida é sustentável, mas que só ficará nos tais 60% do PIB em 2159, isto é, daqui a 145 anos.

Se não me tinha assustado com a conversa do Cavaco, agora então, confesso que até me apeteceu dançar.

É que, sendo assim, há esperança de que o Manoel de Oliveira ainda possa ter o subsídio por que espera para fazer o seu novo filme e eu, nessa altura, em 2159, acho que também ainda me abalanço a fazer a tal licenciatura em ciência política, mesmo que já venha a precisar de mais uns anitos para a terminar.
Afinal, a vida é bela.

1 comentário:

  1. Pouco tempo, na verdade. Não nos podemos queixar.
    Nessa altura, ainda aqui estaremos, mesmo que na pele de um animal ou coisa que o valho, para gozarmos à grande e à francesa.
    Um gde beijinho, querida amiga
    (estou a tentar regressar, aos pouquinhos)

    ResponderEliminar