quinta-feira, setembro 19, 2013

Nem lá vou












Com a aproximação das eleições, quaisquer eleições, ouve-se cada vez mais a frase: “nem lá vou”, frequentemente seguida de “são todos iguais”.

Mais ou menos com a mesma filosofia de base, há sempre algumas freguesias que resolvem boicotar as eleições esperando assim alcançar objectivos que vêm reivindicando.

São acções e afirmações que mostram o quanto essas pessoas pensam que ir votar é um favor que fazem aos políticos, e que só lho fazem se lhes apetecer ou se eles o merecerem.

Esta pesporrência, este entendimento enviesado do acto eleitoral ao fim de 40 anos a exercê-lo, tem tanto de triste como de eloquente sobre o estado em que ainda estamos.

A estes bravos eu só peço uma coisa: façam o que prometem, e não vão votar, por favor, nem agora nem nunca.

Fiquem em casa, vão à bola, à pesca, ao jardim zoológico ou mesmo ao outro sítio (que a gente não pode estar aqui a enumerar tudo), mas não vão votar. É que eu, como tantos outros, que me esforcei por aprender a” ler” a democracia estou fartinha de pagar, com língua de palmo, as vossas asneiras de analfabetos políticos que só sabem assinar de cruz.

Mas esta cruz, por favor, não! Deixem que eu faço.
Sim, porque eu vou. Lá.

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