quinta-feira, julho 05, 2012

Tempo de cortar a relva

A perseguição a José Sócrates começou com o “caso” da sua licenciatura.
Como a vingança se serve fria, o poderoso ministro Relvas começa agora a provar do mesmo veneno.

Para começar, aqui na parvónia, não se pode ser político sem uma licenciatura, e por isso, se ela não existe, arranja-se; basta ter connections.

Levantada a questão, aí está de novo o manto de silêncio e secretismo que cobre as nossas instituições. As pautas são públicas, mas a Universidade Lusófona, quando questionada sobre o percurso académico do ministro, nada diz. Segredo, mais um segredo.

Tenho para mim que Sócrates e Relvas não fizeram cursos, pediram-nos aos amigos que foram arranjando nos meios políticos e empresarias.

Não serão os únicos neste país de “compadres”, mas lástima mesmo
é verificar, todos os dias, que este modo tão português  de estar na vida, com base no desenrascanço e no expediente, invadiu o topo da hierarquia política.

Para concluir a composição do ramalhete, falta apenas acrescentar que, segundo o jornal i, Feliciano Barreiras Duarte, actual secretário de Estado de Relvas, “era professor do curso de Relvas na Lusófona” e, enquanto deputado, foi coordenador dos deputados do PSD na Comissão Parlamentar de Ética Sociedade e Cultura. Tal qual o Rodrigues dos gravadores.

Ele há coincidências, oh!, se há!


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