quinta-feira, junho 21, 2012

A ambição da "rainha Joana"

Joana Vasconcelos inaugurou a sua exposição em Versalhes bem acompanhada pelos meios de comunicação social, e até levou “à pendura” um ministro e um presidente de Câmara.

Correu tudo bem. Ela é a “rainha Joana”, escandalizou os ultraconservadores como se esperava, agradou aos “progressistas” como também se esperava, tralalá e tralalá.

Acontece que Joana Vasconcelos viu um dos seus mais conhecidos trabalhos -  Noiva, feito de tampões - ser vetado pela directora do palácio e com isso ficou “mais do que decepcionada”.

Curto e grosso, eu diria que, para mim, artista que aceita censura ao seu trabalho e fica só mais que decepcionado, não é artista, não é nada.
Será, quanto muito, um artesão competente e ambicioso que procura satisfazer o cliente, receber o dinheiro e partir para outra.

Os devotos da” rainha” (que não é santa) ” Joana”, que me perdoem estas picuinhices.

7 comentários:

  1. Versailles é Versailles, por isso não me admira que ela se ajustasse às imposições da direção.: Mas lá que a "noiva" era um espanto, isso era (esperava um vestido de noiva e, afinal, é um lustre.:))

    mil beijinhos

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  2. Completamente de acordo... mas uma crítica que diminui a pessoa e não a artista!
    Beijos,

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  3. A arte e a Ciência sempre sobreviveram destes compromissos. Pena que a"noiva" n invada aquele palácio

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    1. cs, e SEMPRE houve quem não cedesse a compromissos. Verdade?

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  4. Sim mas os não compromissos nem sempre são boas opções. Até o Galileu teve de usar de alguma habilidade argumentativa com a coroa e ceder ( e refiro a como teve de refazer os argumentos) para que a sua teoria fosse aceite. Não aceitar compromissos nem sempre é positivo. Aqui se calhar a hipótese seria não haver exposição. Não me parece de todo a melhor opção. Mas sim, tem razão. Sempre existiu quem não cedesse :)
    Gosto da Joana quiçá tenho um olhar mais benevolente. Boa semana

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    1. cs, o compromisso é quase uma arte diária na nossa vida; que seria do mundo sem ele?!
      Porém, sempre houve quem não cedesse, como Giordano Bruno (já que refere Galileu). Ceder não é negativo, pode ser até sinal de sabedoria, mas não em qualquer assunto. Quando toca na consciência não é possível o compromisso sem nos "comprometermos". A consciência e liberdade criadora do artista são parte integrante da sociedade livre em que vivemos e são um estímulo para os seus concidadãos. Se eles nos falham...ficamos mais pobres.
      Boa semana para si também, cs.

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  5. De facto a auto-censura é a pior das censuras.

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