Não sei em que ano começou o programa de Júlio Machado Vaz,
“O Amor É”, nem isso interessa; sei que dura há tantos anos que deve estar em
competição com “O Preço Certo”.
Se durante muito tempo o ouvi com agrado e simpatia, confesso
que agora já não o aguento.
O homem já deu várias vezes a volta a tudo o que podia dizer,
e aquilo actualmente mais parece uma missa diária que apela à continuação do
bocejo matinal.Não se aguenta, seis dias por semana - programas curtos de 2ª a 6ª e programa de uma hora ao domingo.
Não sei o que leva a Antena 1 a manter o programa, mas se
foi tão expedita a despachar o Rosa Mendes and
friends, por mim não entendo um tal apego ao Júlio.
Por outro lado, o Júlio também não se enxerga, e não percebe
que ele e aquele modelo já deram o que tinham a dar. É preciso saber partir,
deixar o palco quando chega a hora, mas isso é ruptura muito difícil para a
maioria dos egos.
Naqueles cinco minutos, seria bom ouvir vozes diferentes com
assuntos diferentes. Seria bom ouvir, por exemplo, um escritor ou crítico recomendar um
livro, um artista ou um curador escolher uma exposição, um cinéfilo
entusiasmar-me com um filme, um melómano apontar-me um CD.
Júlio Machado Vaz e a RDP parecem o Carreras a Brightman no
dueto Amigos para Siempre; porém, como
quem paga essa amizade sou eu, tenho o direito de dizer que estão a abusar da
minha paciência, e todas as manhãs me apetece dizer BASTA.
Lembro-me de o começar a ouvir, no começo das rádios independentes, primeiro na Rádio Nova que depois deu origem à TSF... no Programa "O sexo dos anjos", entre a meia noite e a uma da noite.
ResponderEliminarEra uma novidade completa à época e ele era um excelente comunicador.
Beijos,
Obrigada pelo seu desabafo. Assim sei que não estou sozinha. Subscrevo inteiramente, está gasto. Pior mesmo, só a Isabel Stillwell com o Eduardo Sá! Esta gente testa não os limites deles mas os nossos. RosaRocha
ResponderEliminarA questão é se o Machado Vaz faz um bom programa ou não. Se sim, não faz sentido tirá-lo só porque lá está há muito. Tudo o resto que sugere pode também estar na Ant1, sem tirar o Vaz. Por mim ele (infelizmente) ainda tem relevância para o Portugal de hoje.
ResponderEliminarA Isabel Stillwell com o Eduardo Sá são maus, ponto. Uma tonta afoita e um tímido. Pertencem melhor à Ant2, com os outros monos que por lá se alapam.
Caro Anónimo, se eu achasse que o programa era bom e relevante não teria escrito o que escrevi.Faz sentido tirá-lo porque ele já disse as mesmas coisas um milhão de vezes. Se ainda têm relevância para Portugal, está na hora de ouvirmos o que outros pensam sobre os mesmos assuntos, porque o homem, hoje, dá voltas e voltas e não sai do mesmo sítio. A frase não é minha (alguém comentou este post no Facebook), mas eu partilho: JMV transformou-se numa caricatura de si mesmo.
EliminarEu não disputo que ele se tenha tornado repetitivo para quem o ouve há muito (o que não vale para todos os que o ouvem hoje.)
ResponderEliminarEu digo que melhor critério para decidir tê-lo é se é bom e relevante. Havendo quem consiga fazer melhor, claro que deve ser considerado. Mas, só porque são diferentes, pôr lá outros do calibre da Isabel e do Eduardo é que seria criminoso. (Para voltar ao *meu* ódio de estimação.)
Caro Anónimo, partilho o seu "ódio de estimação". Quanto ao JMV, continuo a achar que aquilo se tranformou n' As Manhãs do Júlio e que é muita pena que ele não perceba que tem que deixar o palco. Quanto à Antena 1, acho que me deve alguma variedade de pessoas e temas porque sou eu que a pago.
ResponderEliminarSe quer mesmo a minha opinião acho que o programa já não é bom nem relevante, apenas uma enorme chatice ouvir o Júlio seis dias na semana.