Na semana passada, circulava no FacebooK a verdadeira caça
ao polícia, o tal que andou pelo Chiado à bastonada. Critiquei a atitude aqui. Segundo notícia de ontem, o MAI decidiu abrir um processo
disciplinar ao referido agente da PSP, e é assim que deve ser.
Agora, a propósito da vinda ao Coliseu do repelente rapper Sizzla, que incita o público a
matar homossexuais, pergunta-se se alguém sabe quem é o dono do Coliseu.
Há na pergunta uma velada ameaça, como quem diz – “vamos-te
fazer a cama, porque contratas um tipo execrável, de quem não gostamos”.
Se, na política, há evidentes sinais de deterioração da
democracia, na sociedade civil não há menos.
Acho normal um movimento de repúdio pela contratação de tal
personagem, e também acho normal que declaremos alto e bom som que, para nós,
alguns visitantes não são bem-vindos.
Porém, já não acho nada normal, ao contrário, acho preocupante,
que se fulanizem assim ideias políticas e causas. E isto está a ficar demasiado
frequente.
Tenho o direito de dizer que, para mim, Sizzla não é
bem-vindo, e que não gosto mesmo nada dum empresário voraz que o contrata mas,
é tudo; aí acabam os meus direitos.
Pode argumentar-se que tudo não passa de brincadeira ou
leviandade de espíritos “revolucionários”, mas continuo a achar que, mesmo
nesse caso, são coisas que passam pela cabeça das pessoas, são sinais, e de muito mau gosto.
Concordo em tese contigo, como não podia deixar de ser.
ResponderEliminarEstas aberrações só se vencem pela cultura e sabemos bem quanto ela demora a enraizar-se e a interiorizar-se.
Até lá os novos Hitler's, Le Pen's, Sizzla's podem continuar a vender o seu peixe... porque vivemos num país dito democrático?
Veja-se agora o assalto a todos os direitos laborais, de saúde e assistência, da aniquilação do direito ao emprego... tudo em nome de uma pretensa democracia, apenas porque quem está no poder se sente legitimado pelo voto de uns iletrados (que atendendo às sondagens, continuam a não saber juntar ainda as vogais...)e julga que pode, impunemente, levar a água ao seu moínho.
A esta violência não se pode responder apenas com a serenidade da razão.
Um beijo grande.