quinta-feira, março 08, 2012

Nós e a TAP

As reações ao não-corte de salários na TAP é o espelho quer do governo, quer da oposição, quer dos portugueses em geral.

O governo, cede mais uma vez a quem pode; os trabalhadores da TAP têm nas mãos, diariamente, milhões de euros, e isso confere-lhes um enorme poder negocial, quer para o melhor, quer para o pior. O governo cedeu.

Já aqui me insurgi com as frequentemente caprichosas e irrealistas reivindicações destes trabalhadores, mas não será hoje o caso.

Eles lutaram e ganharam. E nós, ou bem que somos contra todos os cortes salariais e devemos saudar esta vitória, ou nos refugiamos na estreita mesquinhez habitual e achamos que devemos nivelar tudo por baixo.

Aconteceu o mesmo com a nossa socialista oposição que pediu explicações pela voz de Basílio Horta, como quem diz – por que não batem também naqueles? são mais bonitos, é? ou há moralidade, ou comem todos!

Não estamos aqui a falar das exceções para banqueiros, gestores públicos amigalhaços ou de jovens assessores recém-empossados.
Estamos a falar de trabalhadores como nós, que lutaram e ganharam.

Por uma vez devíamos tomá-los como exemplo em vez de ficarmos ressentidos e invejosos.
Afinal, somos contra TODOS os cortes salariais. Ou não?


1 comentário:

  1. É exactamente isso.
    Não é um caso de luta... mas sim de poder negocial!
    Normalmente congratulo-me com a vitória dos trabalhadoes, mas nunca com a sua chantagem!

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