sexta-feira, março 23, 2012

A greve geral

A greve geral é a bomba atómica dos trabalhadores. Como tal, deve ser usada com parcimónia e muito cuidado, acho eu.
Na passada 4ª feira escrevi aqui que, face às políticas desenvolvidas por este governo, a imensa paciência dos portugueses parece não se esgotar nunca.
Como seria de esperar, ainda não foi com esta greve geral que ela deu mostras de se estar a esgotar.
Foi mais um dia de greve dos transportes, algumas autarquias, alguns trabalhadores do setor público.

Sem negar a absoluta necessidade de exprimir revolta e oposição, parece-me que esta fórmula está esgotada, e que os sindicatos deviam pôr os seus jovens a pensar em novas formas de protesto, mais imaginativas e adequadas à realidade que vivemos, com tantos precários e trabalhadores por conta própria para quem aderir a uma greve é um ato suicidário.

Tenho pena, mas acho que se está a banalizar a poderosa arma que pode ser uma greve geral, tornando-a assim improdutiva e repetitiva.

Assemelha-se à nossa morte – no dia seguinte vamos a enterrar mas cá em cima tudo continuará exatamente igual.

2 comentários:

  1. Teria sido talvez útil que o Arménio tivesse pensado nisso antes de se lançar neste banho ao ego de sindicalista, cinco minutos após ter sido eleito...

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  2. Sim, vai ser preciso imaginação!

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